Chapter 61 - We've got each other and that's a lot!

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[...]


Cheryl Dorian, Michigan, 2001.


[...]


- Um homem?... - Agora ajeitei a postura, meus olhos se abriram mais e meu tom foi tão interessado que a sonolência parecia se esvair aos poucos. - Qual o nome dele?...

- Espere um pouco, eu vou perguntar... - Deu um tempo em silêncio, e meu coração errou as batidas com a possibilidade. - ... É Marshall, Marshall Mathers!

E instantâneamente, meus olhos se arregalaram...

Marshall Mathers...

... O que ele quer aqui agora?

- Ele disse o que precisa? - Pigarreei, tentando conter minha ansiedade.

- Só falou que quer conversar com a senhorita... O que devo fazer?

Eu queria falar com ele, mas talvez ainda não seja a hora certa, também não sei se estou preparada para o tipo de conversa que sei que ele quer ter.

Receio que seja algo sobre nós dois, mais uma vez vai vir com aquela mesma conversa de "Me desculpa" e vamos acabar na mesma: Sem nada.

- Olha, diga a ele que amanhã a gente pode se encontrar... Eu não quero papo com ele agora e... - Tentei falar, mas escutei uma reclamação alta do porteiro junto a um barulho abafado.

- Cheryl, porra, sou eu! Me deixa subir! - Escutei sua voz impaciente esbravejar ao telefone.

Mas que educado! Arrancando o comunicador das mãos do porteiro assim sem mais nem menos!

- Marshall!... - Repreendi, bufando emburrada. - ... Vai embora! Amanhã nós conversamos, já está tarde e eu estou com tanto sono que mal estou conseguindo pensar direito!

Ele vai ficar até quando falando a mesma coisa?

Estou cansada, só isso.

- Não Cheryl! Acho que você não entendeu, eu preciso falar com você! E tem que ser agora!

Mais uma vez me calei... Agora por mais tempo que antes.

- Eu não sei, e se...

- Por favor, Cher... - Seu tom foi mais suave, quase num sussurrou desesperado.

- Tudo bem... - Fechei os olhos e suspirei. - ... Mas não tem como você subir, em cinco minutos eu desço aí. - Não esperei que ele retrucasse, já colocando novamente o interfone no gancho.

Tem certeza disso, Cheryl?...

Tendo certeza ou não, eu vou fazê-lo.
Me enrolei mais no cobertor, eu até poderia trocar de roupa... Mas me deu uma preguiça grande o suficiente para mim sair pela porta de pijama.

Ai, que vergonha, por sorte a essa hora não tem ninguém andando no condomínio.

Desci de elevador até o térreo, caminhando ansiosamente até a portaria, confesso que meu coração estava para sair pela boca e um frio se instalava na minha barriga.

E se brigarmos de novo?

Ou pior... E se ele veio dizer que está exausto e que vai desistir de vez de mim?

Droga... Que maldito medo!

Algo em minha mente me sabotava, repetindo várias vezes para que eu voltasse para casa, mas ao mesmo tempo minhas pernas pareciam mover-se no automático.

Superman - Eminem.Onde histórias criam vida. Descubra agora