Chapter 68 - Cheryl and thoughts!...

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[...]


Cheryl Dorian, Detroit, 2001.


[...]


A noite com Marshall e Hailie realmente me fez bem, foi uma semana um pouco estressante, mas passar esse momento ao lado deles foi aliviador.

Mas não o suficiente para me fazer esquecer as preocupações que me rondavam.

Eu ainda estava com a cabeça focada em tudo o que escutei na reunião, em minhas próprias paranóias e também nas deduções que fiz...

... Encaixando pecinha por pecinha, esse quebra cabeça sempre me levava para a mesma pessoa.

Mas por que ela faria isso?...

E seria minha culpa, não? Quer dizer... Ao menos 75% da culpa cairia em minhas costas.
E eu não posso reclamar, afinal mereceria qualquer consequência que meus atos me levariam.

Marshall nunca mais olharia na minha cara, talvez ele pense que eu possa estar envolvida também... Droga!

Eu não quero pensar nisso, não agora.
A noite está sendo agradável demais para que eu estrague tudo com teorias incertas.

E com esse pensamento, voltei a me concentrar na noite de hoje.

Ao sairmos do restaurante, fomos direto para a cobertura de Marshall em Detroit, viemos cantando as músicas que tocavam no rádio o caminho todo, quando chegamos na portaria percebemos uma Hailie completamente desmaiada no banco de trás, foi praticamente impossível não sorrir a imagem da loirinha dormindo profundamente.

Marshall a levou nos braços até o apertamento dele, destrancou a porta e entramos em seguida, estava tudo completamente escuro, ele acendeu apenas o abajur perto da escada e me pediu que esperasse ali embaixo, enquanto ele colocava Hailie para dormir no quarto acima.

Sorri em concordância e andei a passos lentos até o sofá da sala, me sentei, cruzei as pernas e aguardei silenciosamente por seu retorno.

É, estava mesmo escuro, além de silêncio, muito silêncio.

Silêncio esse que foi quebrado minutos depois pelo som dos sapatos dele tocando os degraus.

Vi parte de sua figura, devido ao breu não conseguia lhe enxergar muito bem, mas notei ele se sentar ao meu lado e passar um dos braços sobre meus ombros, trazendo-me para si.

- Agora é só nós dois... - Sorriu maliciosamente, sussurrando ao depositar um demorado beijo em meu pescoço.
Sorri fraco, deslizando a mão por seu peito e olhando para o teto conforme ele me inclinava no estofado para permitir maior contato de sua boca em meu corpo.

Mas eram pensamentos, diversos e inquietantes pensamentos que inundavam meu ser, e isso não permitia que me concentrasse muito bem.

E ele pareceu notar isso, afastando-se apenas o necessário para fitar meus olhos, que agora se adaptaram melhor a escuridão, me permitindo ver melhor seu rosto que carregava um semblante confuso.

- O que foi, Cher? Por que está assim o dia inteiro?... - Passou o polegar por minha bochecha, deixando um beijo suave em meus lábios e franzindo o cenho.

Respirei fundo e desviei o olhar para longe do seu, corando um pouco e pigarreando.

Não queria que ele percebesse, não mesmo.

- Nada, meu amor... Só não se preocupe, tudo bem? Eu estou um pouco estressada com os trabalhos da faculdade, eu estava me lembrando sobre a semana de provas daqui a alguns dias e... Não é nada demais, sério. - Sorri docemente, esperando que minha desculpa lhe parecesse convincente.

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