Chapter 64 - My Pretty Woman!

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[...]


Cheryl Dorian, Detroit, 2001.


[...]


Busquei por minhas roupas no chão, vestindo a calcinha e a saia enquanto procurava por minha camiseta e sutiã, a qual eu não encontrei em lugar algum.

Perdi a noção de quantas vezes transamos, só sei que minhas pernas estão até doloridas e trêmulas.

- Não me olhe assim, Marshall! - Sorri timidamente, tentando disfarçar meu rosto corado ao vê-lo me encarar dos pés a cabeça, fitando principalmente meus seios descobertos.

- É impossível não olhar, baby, você é uma delícia! - Esboçou um sorriso sacana, tragando o cigarro que tinha nos lábios e apoiando as costas no estofado de couro atrás de si. - Ainda tem vergonha de mim, Cher? - Questionou curiosamente, olhando-me com interesse.

Não diria exatamente que era vergonha... Afinal não é nada que ele já não tenha visto.

Mas é claro, existe aquele constrangimento normal de estar nua na frente de alguém, nunca é 100% confortável.

Ainda mais com esse safado me olhando dessa forma!

- Não... Só tenho que me acostumar. - Dei de ombros, agachando para pegar meu sutiã que encontrei enganchado no puxador de uma das gavetas, assim como minha camiseta caída sob o chão.

Notei ele soltar a fumaça lentamente, antes que apagasse o cigarro no cinzeiro e se levantasse, caminhando sem pressa até mim.

- Sabe, Cher... - Chegou próximo o suficiente para passar as mãos por minha cintura, puxando-me mais para si e encarando meu torso.
Só deu tempo de vestir uma das peças, minha blusa continuava em minhas mãos. - ... Acho que já pode se sentir a vontade para caralho, conheço seu corpo tão bem que para mim te ver pelada basta que eu feche os olhos! - Riu maliciosamente, afundando o rosto em meu pescoço e o dando pequenas mordidas e beijos.

- Pois então pare de fechar os olhos, seu pervertido! - Rolei os olhos, deslizando as unhas pela extensão de sua nuca e parando na lateral de seu rosto, trazendo seu olhar ao meu e sorrindo de leve. - Como consegue ser tão gostoso?

Era uma pergunta muito séria.

Eu realmente queria saber como era possível que uma mulher gerasse um homem tão lindo como ele!

- Eu? - Sorriu presunçoso. - Ah... Acho que é o charme. - Deu-me uma piscadela travessa. Suas mãos foram descendo disfarçadamente por meus quadris, apalpando meu bumbum e me empurrando para trás, sentando-me na mesa de madeira e afastando para o lado algumas coisas que tinham sobre a superfície. - Acha que aguenta se eu te comer mais um pouquinho?... - Sussurrou ao meu ouvido, levando meus pelos a se eriçarem imediatamente.

Só aquela voz rouca e baixa...

... Louca, ele me deixa assim!

- Droga, Marshall... Eu preciso trabalhar, e principalmente andar! Minhas coxas estão latejando! - Reclamei, ofegando baixinho ao primeiro contato que sua boca teve com a minha.

Mas a quem eu quero enganar?

Eu arrumaria um jeitinho de dar para ele mesmo estando alejada!

Entrelacei devagarinho as pernas envolta de seus quadris, o encaixando entre as duas e deixando meus braços abraçarem seu pescoço, retribuindo o beijo lento e cadente que depositava em meus lábios.

- São só detalhes, Cher, essa que é a graça... - Murmurou, puxando com os dentes meu lábio inferior.

É, ele só vê graça porque não é ele que parece ter tido a parte inferior do corpo atropelada por um caminhão.

Superman - Eminem.Onde histórias criam vida. Descubra agora