Chapter 97 - ¿Qué le pasa, puta?

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[...]


Eminem, Detroit, 2001.


[...]


Seria fodido eu dizer que estou evitando Cheryl o dia inteiro, não que eu estivesse a ignorando, apenas evitando, é diferente.

Hoje é sexta-feira, eu até tentei dar uma enrolada nos caras e fingir que não ia conseguir sair com eles, mas os filhos da puta são insistentes, fora que faz tempo que não nos vemos.

E por isso eu evitei a presença de Cher durante o dia, não sabia ao certo a onde iríamos, mas também não sou inocente e sei que não vai ser para uma igreja ou algo assim.

Vai ser coisa rápida, eu vou ir, vou beber, vou falar com eles e vir embora...

É, exatamente, só.

Já passava das 22:00 horas quando eles finamente me telefonaram passando o endereço, até pensei em pesquisar a onde era mas não estava com tempo, tinha que sair no máximo as 23:00, não queria chegar muito tarde em casa então passaria pouco tempo lá, onde quer que fosse.

Vesti o que estou acostumado, uma calça preta, blusa branca com um casaco por cima a qual eu deixei o zíper aberto e um boné também branco.
Modéstia a parte, eu não preciso de muito para ser bonito, é um dom natural.

Coloquei meu relógio prata no braço direito e aproveitei para conferir o horário, me apressando a por as correntes no pescoço, pulsos e poucos anéis nos dedos, pegando minha carteira e descendo as escadas, chegando na sala onde Cheryl assistia TV e comia pipoca sentada ao sofá.

Pigarreei de leve para chamar sua atenção, vendo-a virar a cabeça em minha direção e esboçar um sorriso doce, a qual eu retribuí com um pouco de incerteza, aproximando-me de si e passando uma das mãos por seus cabelos castanhos e macios.

- Ei, gata, eu já estou indo, falou? - Deixei um selinho demorado em seus lábios.

Não me contentando com apenas um e lhe dando vários.

- Está tarde... Toma cuidado, tudo bem? - Sorriu carinhosamente, fazendo um carinho suave na lateral do meu rosto. - Não me disse para onde vai! O Proof vai mesmo? - Questionou com um misto de preocupação e curiosidade.

E meus olhos arregalaram-se discretamente, engoli seco assentindo com a cabeça e deixando um beijo em suas mãos antes de afastá-las do meu rosto, na tentativa de dar o fora o mãos rápido possível e não passar por interrogatórios.

- É, ele vai, relaxa... É um bar aqui perto, você não deve conhecer. - Dei de ombros, fingindo casualidade e pegando as chaves do carro na mesa. - Tchau, Cherry! Não me espere acordada! - Falei, correndo até a porta e saindo sem lhe dar espaços para objeções.

E quando a fechei, parei no corredor e dei um longo suspiro de alívio, retomando a postura e começando a caminhar até o elevador, de lá iria direto ao estacionamento.

- Caralho, Marshall, isso ainda vai te arrumar problema! - Me autocrítiquei, bufando impacientemente.

Eu odeio mentir para Cher, agora que descobri.
Mas por tudo o que é mais sagrado, eu prometo que nunca mais vou fazer isso na minha vida!

Eu só estou mesmo afim de reencontrar os caras da D12, faz tempo que não nos vemos, além do mais sei que ela nunca me deixaria frequentar os lugares que eles gostam de ir, mesmo que eu não fosse fazer nada demais lá sei que não são ambientes muito... Familiares, digamos assim.

O jeito é ir e ver no que dá, como citei anteriormente não vou me demorar muito, só uma passada rápida.

E também não é como se eles fossem me levar para o inferno ou algo assim!

Superman - Eminem.Onde histórias criam vida. Descubra agora