Chapter 17 - Hell, even here?!

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[...]


Eminem, Michigan, 2001.


[...]


Já estava a alguns minutos nessa boate, tinha encontrado em sofá de couro um pouco mais afastado, era um ótimo lugar, dava pra observar tudo, e hoje eu ia analisar bem, não queria qualquer vadia que viesse pela frente, queria uma gostosa de parar o trânsito.

O ambiente aqui até que era confortável, o lugar era bem amplo, não muito iluminado, tinham várias pessoas conversando, bebendo, se pegando, outras dançando, etc.

Só a música que era uma merda, um pop genérico qualquer, aposto que era da Britney Spears, isso explicaria ser tão ruim.

 Tinha  pedido  um a  bebida no bar antes de me sentar, inclusive foi lá que vi Proof grudado com a garota do balcão, era um pateta apaixonado, cheio de sorrisinhos e suspiros pra lá e pra cá.

Olhava em volta pra cada garota ali presente, nenhuma me chamava atenção, nem mesmo aquelas que vieram me oferecer seus números de telefone.

Porra, será que eu não ia achar nenhuma?!

Já tinha dado um suspiro frustrado, porém foi aí que meus olhos pousaram numa garota que mesmo de longe me deixou interessado.

Ela estava de lado, encostada no balcão de bebidas. A iluminação não era muito boa e não me permitia ver bem seu rosto, mas em compensação conseguia ver bem sua bunda, e que bunda!
Ela tinha a altura média, estava com uma saia social preta na altura dos joelhos, delineando suas pernas e coxas voluptuosas, seu lindo bumbum empinado também não ficava de fora.
Seus cabelos eram ondulados e volumosos, iam até o meio das costas, sua pele era branquinha feito neve... Uma gata de tirar o fôlego! 

Confesso que me estiquei todo tentando ver o rosto dela, mas a luz não ajudava.

Me levantei dando um último gole na dose de vodka e deixando o copo na mesa, caminhando até a garota no balcão, finalmente essa noite estava começando a melhorar.

Me aproximei o suficiente pra sentir o cheiro de seu perfume adocicado, passei um dos braços em volta de seu quadril a puxando mais pra perto.

- Eai, gata, posso te... - Já ia me oferecendo pra pagar a ela uma bebida, porém ela se virou para mim de imediato.
Meus olhos se arregalaram e minha boca se abriu quase que instantaneamente... Não, não pode ser, eu estou vendo coisas ou... - Puta que pariu... Cheryl?! - Franzi o cenho chocado.

Não estava incrédulo por ela estar ali... Quer dizer, também, esse lugar não parecia fazer muito o estilo dela. Mas oque mais me intrigou foi eu ter achado ela uma puta de uma gostosa, logo essa garota irritante... Sério, Marshall, cogitou mesmo achar ela uma gata?!

E o pior é que ela era, isso me irritava ainda mais. Mas oque tinha de bonita tinha de insuportável!


[...]


Cheryl Dorian, Michigan, 2001.


[...]


- Aí... eu te conheço de algum lugar? - Ele franziu o cenho, enquanto nos encarávamos.

- Sabe... eu também acho que já te vi antes... - Estreitei os olhos, tentando forçar minha memória.

Ele era um cara que veio encontrar a Tasha, estava sentado no balcão junto com ela, pelo visto as coisas entre os dois estavam sérias, ele me parecia muito familiar pra mim, só não me lembrava a onde tínhamos nos visto.

 Ficamos mais um tempo nos analisando, mas quando nenhum de nós pareceu lembrar desistimos.
Dei de ombros rindo de leve junto com  ele, que voltou sua atenção a Tasha enquanto eu pegava minha bandeja e ia para o outro balcão.

Dali dava pra ter uma noção melhor dos clientes, assim eu conseguia atender mais rápido quem precisasse.

Me apoiei no mármore gelado, observando o movimento enquanto cantarolava algumas músicas que ecoavam pela boate, eu definitivamente amo Britney Spears! 

Estava distraída, até sentir um braço forte enlaçar minha cintura e apertar de leve meu quadril, me fazendo dar um pulo assustada e arregalar os olhos.

- Eai, gata, posso te... Puta que pariu, Cheryl!? - Minha surpresa foi ainda maior quando eu vi quem era... Marshall?!!?

Fiquei paralisada por alguns instantes sem saber ao certo como reagir, seu braço ainda estava a minha volta, meus olhos fixos naquele azul penetrante, fazendo com que eu corasse timidamente, um arrepio percorreu meu corpo inteiro, oque fez minhas pernas fraquejarem um pouco...

Droga... Porque eu estava assim?!

Afastei a força esses pensamentos da cabeça, criando coragem pra ter a atitude de dizer algo.

- S-Senhor Marshall?!... Oque está fazendo aqui?! - Minha voz falhou um pouco mas consegui recuperar a postura, me afastando ligeiramente, ele pareceu perceber e também fez o mesmo.

- Eu?... Ah... Eu... - Parecia tão confuso quanto eu, coçando a nuca e pigarreando. -É uma festa! Oque acha que eu estou fazendo aqui? - Voltou a sua forma ignorante de sempre, revirei os olhos discretamente. - E você? Oque está fazendo aqui a essa hora?! - Cruzou os braços e levantou uma das sobrancelhas desconfiado.

Só oque me faltava, agora além de tudo eu devo satisfações a ele? Ainda bem que eu sou uma pessoa calma.

- Eu trabalho aqui, sou garçonete, bem... Na verdade eu faço de tudo um pouco! - Expliquei, vendo ele me olhar surpreso.

- Sério? E como você vai embora assim tão tarde? Sozinha? - Franziu o cenho e me olhou com seriedade.. Parecia... Preocupado?... 

- Ah... Eu... - Ia falando mas ele interrompeu.

- Não, esquece! Isso não me importa... Não me importa nenhum pouco! - Disse meio desajeitado, como estivesse tentando se convencer daquilo, balançando a cabeça repetidas vezes. - Olha, eu vou indo, tá legal? Não tenho tempo pra ficar perdendo com você! - Franziu o cenho irritado, bufando impacientemente e empurrando a cadeira do balcão, saindo a passos firmes.

Fiquei parada ali, confusa e incrédula.

- Eu em! Mas que cara maluco! - Disse comigo mesma, colocando umas das mãos na cintura e balançando a cabeça.

Ele era um baita de um bipolar isso sim! Chega aqui com um humor e sai com, outro! Nem vou tentar entender o porque desse surto, vai que é contagioso.

Sinceramente, até aqui o universo achou uma boa idéia colocar ele para me encontrar, só pode ser perseguição, ou eu devo ter cometido um pecado horrível no passado e agora Deus está me castigando com esse fardo.

Seja lá oque eu fiz de ruim... Me perdoa, Senhor!

Agora uma coisa que eu queria entender: Será que ele me confundiu com alguém? Ou talvez...

Talvez...

- Talvez ele me ache bonita! - Estatalei os olhos ao dizer, e um pequeno sorriso animado surgiu em meu rosto.

PERA, OQUE?

Que maldito sorrisinho idiota é esse na minha cara?!? Tanto faz! Eu... Eu não me importo com oque ele pensa ou não sobre mim! Além do mais ele dá em cima de qualquer garota, deve ter pensado que eu era mais uma, só isso.

- É, É isso... Eu não me importo! - Pensei alto, me convencendo daquilo.

Pra mim ele é só um babaca, e nunca vai ser nada mais.

Nem hoje, nem nunca!


[...]
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