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Estava com medo de cair, porém, fiquei em silêncio. Não queria levar algum outro tapa, mesmo que aquele desgraçado não estivesse por perto. Minha ficha já havia caído por partes, eu estava lidando com gente brusca e impiedosa.

Pararam de me puxar e eu pausei aonde eu estava.

—  Tem degrau aqui.

Uma voz grossa me alertou.

Novamente, me puxou, com muita força. Meu corpo se impulsionou pra frente. Fiquei nervosa, estava perdida sem a minha visão.

Tentando gritar, perguntei:

— Aonde tem degrau? Aonde te...

Fui interrompida por meus pés se embaralhando e eu dando um impacto forte no chão.

Puta que pariu! Minha perna!

— Aiiii!!!

Gemi de dor.

— Que puta mais desastrada.

Novamente a voz grossa caçoou e junto dela, alguns risos.

— Levanta logo.

Como minha perna doía. Engoli em seco e toda raiva subiu ao meu corpo.

— Puta desastrada é a senhora sua mãe!

Gritei descontrolada.

Eu já tinha aguentado desaforo o dia inteiro. Estava cansada, estava exausta, não aguentava mais qualquer tipo de humilhação. Minha perna doía, minha visão tampada. Estava esgotada.

Ótimo, agora você vai apanhar, sua otária.

Meu subconsciente resolveu se manisfestar.

La putaOnde histórias criam vida. Descubra agora