61

56.4K 3.6K 301
                                    

Ele jogou o guardanapo na mesa, se levantou ligeiro e saiu da sala de jantar. Os cochichos começaram. Júlia ficou mais branca do que um fantasma, seus olhos se encheram d'água na mesma hora. Ela passou o olhar por todos na sala e engoliu em seco.

— Com licença!

Ela pediu, saindo também.

O clima ficou totalmente tenso e pesado. Todos se entre-olhavam e comentavam sobre o clima que eles deixaram.

— Meu Deus, que babado! Amo festa de rico, eles são tudo estranhos.

Paloma sussurrou entre nós e as meninas riram.

— Gente e esse clima? Crise no casamento do chefinho. Vocês já viram a cara do pai da noiva?

Manuela comentou.

Olhei para eles e o pai dela se encontrava mais vermelho que uma pimenta.

— O homem vai explodir!

Paloma debochou e fez uma careta engraçada.

— Mas antes ele mata o chefinho!

Caçoou também Patrícia. Rimos.

Eu estava perplexa. Realmente havia ficado com pena de Júlia. Gustavo era um babaca.

— Meninas, andem, não fiquem paradas, sirvam, apaguem esse mico! Por Deus!

Cida nos sussurrou eufórica.

(...)

O jantar acabou e os convidados foram embora
eu estava exausta, totalmente. As meninas também. Júlia e Gustavo haviam sumido, dei graças a Deus umas dez vezes na noite.

Me sentei sobre uma das cadeiras do balcão da cozinha e joguei a cabeça para trás. Só queria dormir e acordar não conhecendo o Gustavo e sua vida de babaquice. Mesmo sabendo bem que isso não iria acontecer, eu precisava de um bom banho e cama.

La putaOnde histórias criam vida. Descubra agora