Assim que melhoro, desço do terraço. Olho meu rosto pelo grande espelho que ficava na parede da sala e está totalmente inchado. Subo até o quarto e entro. As meninas me encaram mas logo voltam ao que estavam fazendo. Vou até o armário e começo a escolher uma roupa, para tomar um banho.
— Tá tudo bem?
Paloma pergunta disfarçadamente, enquanto mexe na porta ao lado do armário.
Faço que não com a cabeça. Ela solta um leve suspiro.
— Quer conversar? Vamos lá embaixo.
Mais uma vez eu faço que não com a cabeça.
— Obrigada mas prefiro ir tomar um banho e lavar a alma. Obrigada, você é demais.
Agradeço sincera e puxo um vestido solto, saindo dali.
Tomo um banho demorado, pensando em tudo. Por fim, desço as escadas e as meninas estão todas jogadas na sala. Eu ainda penteava os cabelos.— Então, conta pra gente, mulher!
Manuela pediu, me olhando atenta. Olhei para ela entre o espelho e continuei passando a escova nos cabelos.
Sorri, um pouco envergonhada.
— O que, mulher?
Imitei seu tom de voz, brincando.
— Você e Gustavo, trancados, lá encima.
Paloma disse pausadamente. Soltei uma gargalhada. Elas eram muito engraçadas.
— Curiosas...
— Vai, Gabi.
Implorou Manu.
— A gente só conversou, meninas. Eu estraguei tudo. Ele disse que me amava e..
— Que?!!!
Todas gritaram juntas e arregalaram os olhos. Terminei de pentear e coloquei a escova na mesinha, sentando ao lado delas no sofá.
— Pois é e acho, não, certeza, que eu não correspondi da maneira que ele queria.
— Meu Deus!
Paloma levou as mãos á boca.
— Jesus!
Manuela fez o mesmo.
— Ele foi embora?
Perguntei, curiosa.
— Não vi ele passar por aqui não.
— Nem eu.
As duas disseram.
— Enfim, vamos comer. Estou com dez moradores de rua no estômago.
— Vamos morrer sem a Mirela. Ela vai nos envenenar.
Paloma me zoou, mandei língua pra ela.
— Então não come, palhaça.
— Dúvido! Morro envenenadíssima mas não fico com fome.
Nós começamos a gargalhar.
Eu e Manu fomos pra cozinha. Começamos a preparar tudo em um clima bem descontraído.Ouvi a porta da sala bater e logo, Paloma entrou na cozinha.
— Tá todo mundo aí.
Ela informou, fazendo uma careta de desdém.
— Quem?
— Vitor, Vitória e Patrícia.Faço uma careta, olhando pra ela.
— Ninguém merece!
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La puta
Lãng mạnGabriela, uma menina de 20 anos, se vê completamente perdida ao descobrir que sua vida foi uma grande mentira. Forçada a se prostituir para pagar uma dívida deixada por seus pais, ela acaba encontrando paz em situações inesperadas, entrando assim, e...