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De repente, ele balançou a cabeça de um lado para o outro, como se tivesse saindo de um transe, olhou as meninas, olhou pra mim, se virou e saiu.

Eu estava perdida. Carrasco, filha da puta! Eu ia morrer com essa dor.

— Você ficou maluca?

Paloma me perguntou, espantada.

Todas as meninas se ajoelharam em minha frente, esperado que eu a respondesse.

— Por que?

— Explica pra ela, Manu.

Paloma disse, dando espaço para que a menina loira, cuja o nome acabei de saber era Manu, falasse.

— Primeiro: Gustavo nunca vem aqui á não ser para dar broncas, bater, ameaçar, cobrar, entre outras coisas. Segundo: ninguém, absolutamente ninguém pode responder á não ser que ele cite ou peça, ele abomina quem faz isso e se você não percebeu, foi o que você fez agora pouco.

Ela falava e eu sentia vontade de rir. A cara dela estava hilária. Parecia que elas levavam essas exigências realmente a sério.

— Mas gente, se vocês não perceberam, ele não fez nada com ela.

Outra menina morena, se pronunciou pensativa.

— A Mirela tem razão gente, ele não fez nada com ela.

A outra morena, concordou com a tal Mirela.

Abriram a porta novamente, fazendo com que todas nós levassemos um grande susto.

— Pega ela e põe no carro.

Gustavo ordenou, apontando pra mim.
As meninas se afastaram de mim e eu estremeci na hora.

Aí, meu Deus! O que ele vai fazer comigo? Aí, meu pai amando, minha santinha querida, me protejam.

—E vocês, vão dormir, amanhã eu estarei aqui bem cedo para uma conversinha.

Ordenou ele, se direcionando as meninas.

Um homem alto me pegou no colo bruscamente e foi andando comigo. Eu fiquei paralisada e encolhida, não soltei um pio.

Dei uma olhada por cima dos ombros do homem que me carregava e o Gustavo estava vindo atrás de nós.

Fudeu!

O homem me pôs dentro do carro, e eu estava começando a ficar com uma dor de cabeça forte. Já havia anoitecido, eu estava exausta. Assim que o homem bateu a porta, eu encostei no banco e fechei meus olhos. Não ouvi, nem vi mais nada.

La putaOnde histórias criam vida. Descubra agora