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Tirei as mãos de Edgar do meu rosto e me afastei.

— Eu realmente não estou entendendo.

— Cara, você sabe tudo que passamos e..

— Não passamos nada, Edgar, do que você tá falando?

Edgar enrrigeceu o rosto. Me levantei nervosa.

— Você jura que não sentia nada quando eu ia te ver?

Ele perguntou, com decepção na voz e se levantou também.

Respirei fundo e passei as mãos no rosto.

— Muito carinho, respeito e gratidão eu tenho à você, sim. Mas não romantiza programas. Você pagava pra transar comigo e..

— Nunca foi nesse intuito pra mim, você sabe muito bem que sempre quis que você saisse dali comigo, você sabia quais eram minhas intençõe..

— Edgar, eram programas! Você transa e o tesão sobe, você acaba falando certas coisas. Não passava disso, por Deus!

Gritei, totalmente irritada.

Aquela era a pior situação que eu já tinha passado na minha vida e eu já tinha passado tanta coisa. Mas vê-lo falando daquele jeito era muito difícil pra mim, ele era uma pessoa a quem eu tinha muito carinho.

Edgar calou após o meu grito, ele me encarava, parecia perplexo. Levei as mãos até a cabeça, passando as mãos pelos cabelos e dando um leve suspiro.

— É por causa dele, né?

Ele perguntou em meio ao gelado silêncio.

— Do que você tá falando?

— Dele. É legal romantizar aquilo, né? O cara que te fodeu toda, aquilo é tudo bem, agora eu, que estou aqui, não é legal. Sabe quando vocês vão ser felizes? Nunca. Isso é ridículo.

Ele metralhou as palavras e um sentimento ruim invadiu todo meu corpo.

— Você tá sendo estúpido.

Falei, calmamente.

— E você tá sendo idiota.

Ele respondeu, nervoso e indicou o dedo pra mim.

Assenti pra ele e como uma flexa, caminhei até a porta e abri.

— Vai embora.

— É difícil escutar a verdade, né?

Ele debochou.

Meu sangue subiu.

Soltei a marçaneta, totalmente irritada e caminhei pra bem perto dele. Encarei seu rosto e indiquei meu dedo perto de seu nariz.

— Eu achei que você era uma pessoa madura. Essa pergunta que você me fez, eu te devolvo, é difícil escutar a verdade, Edgar? Eu só tentei ser sincera com você porque tinha muito respeito, consideração e gratidão por tudo que fez, mas parabéns, você conseguiu estragar. Agora, vai embora, Edgar, saí!

Gritei mais uma vez, descontrolada e apontei a porta.

Ele contraiu os lábios, prestando atenção em tudo.

Edgar deu um longo suspiro, seus olhos queimavam. Ele engoliu em seco e se deslocou até porta.

Nos encaramos por alguns minutos e eu caminhei até ela, batendo.

La putaOnde histórias criam vida. Descubra agora