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Gustavo respirou fundo, desviou seu olhar dos meus, balançou a cabeça e girou a chave na porta, fechando o escritório em silêncio.

Engoli em seco e voltei para o planeta terra também. Já tinha dado bandeira demais. Tirei minhas mãos da maçaneta e saí, fechando a porta do banheiro atrás de mim.

Passe direto para o quarto. Foco, haja naturalmente!

Respirei fundo e ergui meu olhar.

Corre ali e agarra ele, menina. Eu sei que você quer.

Meu subconsciente mau, apareceu.

Gustavo subiu o olhar, novamente, por todo meu corpo. Ele parou nos meus olhos e só aí, percebi que tinha parado e estava olhando para ele. Estremeci e desviei meu olhar.

Vamos lá, Gabriela, não é nada demais.

Me incentivei. Voltei a caminhar em direção ao quarto.

Aquele corredor não era largo, ele era cumprido mas sua extensão era pequena. Por isso, ao passar, sabia que ia ficar milímetros, apenas, longe de Gustavo.

Aí, santo Deus!

Passei por Gustavo, sem falar absolutamente nada e quando achei que tinha conseguido, senti um corpo quente me puxar para trás.

Duas mãos, agarraram minha cintura com autoridade, aquela que só ele tinha.

Olhei para trás e ele me virou, com força. Gustavo me empurrou na parede e fechou meu corpo.

Nessa altura, minha respiração tinha ido pro escambau de tão descontrolada e eu podia sentir a mesma coisa na respiração dele.

Jesus!

Aquela aproximação não podia acontecer, eu esquecia de raciocinar. Eu não sabia para onde olhava mais, boca ou olhos.

— Desculpa por não ter te dado uma explicação plausível hoje. Eu agi de uma forma incoerente e contrária de tudo aquilo que acredito. É que eu lembrei que, antes de existir nós, existe a sua noi...

Gustavo se aproximou de mim, prensando mais seu corpo no meu e suas mãos se posicionaram na maçã do meu rosto, com o polegar sobre a minha boca, me interrompendo. Ele fechou os olhos, sarrando seu nariz do meu e acariciando devagar minha bochecha.

— Xi... Seu cheiro, loira, nossa, esse cheiro é tão bom.

Ele sussurrou. Sorri, ao ouvi-lo e fechei os olhos também.

Passei minhas mãos por sua nuca, me inclinando para frente e ele deslizou suas mãos para minha cintura. Inclinei meu corpo um pouco mais pra frente. Gustavo deslizou seus lábios, afogando-se em meu pescoço e distribuindo beijos e chupadas nele. Ardi por dentro.

Essa boca aqui de novo, na minha!

Ele ergueu meu corpo, me segurando em seu colo e eu enlaçei minhas pernas em seu quadril.

Abrimos os olhos em compasso e sorrimos, involuntariamente. Deslizei a ponta dos meus dedos em suas costas.  Fechamos os olhos, de novo.

Era só me beijar.

La putaOnde histórias criam vida. Descubra agora