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Abri meus olhos com a porta do carro sendo aberta e a claridade invandindo.

— Saí.

Ordenou Gustavo.

De pronto, fiz o que ele mandou, calada,
acho que eu já havia arranjado bastante confusão pro meu lado.

Do lado de fora do carro, um dos seguranças pegou em meu braço, apertando.

— Eu sei andar sozinha, viu?

Sussurrei, puxando meu braço.

Gabriela de Jesus, segura esses impuls..

— De puta desastrada para puta irritada, temos uma evolução, homens.

Caçoou, em gargalhos com os outros.

Olhei-o com uma olhar ameaçador, ele me puxou até a porta e abriu, me jogando com brutalidade para dentro da casa. Bufei, me equilibrei em meus passos e entrando.

(....)

— Deu o ar da sua graça, que bonito!

Ironizou a menina que se chamava Mirela.

Ri.

— Achei que você tivesse morrido, menina. Deus é mais!

Comentou a outra, Paloma.

Passei a mão pelo rosto, rindo.

— Será um espírito aqui? Fiquem com a dúvida!

Brinquei, mandando um beijo no ar.

Elas riram, fazendo sinal da cruz no peito.

(...)

Gustavo entrou com tudo pela porta do quarto, estava com uma expressão horrível.

— Todas lá embaixo em vinte segundos contados nos dedos, ou vai rolar sangue nessa porra hoje!

Gritou.

Mas esse cara só sabe gritar! Desse jeito eu iria ficar surda logo.

As meninas logo desceram, ou melhor, correram. Eu andei com dificuldade e fui a última á chegar.

Paradas na frente dele, todas encaravam seu rosto, enquanto ele passeava seu olhar por todas. Ódio, isso define o que tinha no olhar dele.

— Quer dizer que alguém aqui andou recebendo gorjetas sem falar comigo?

Perguntou, cruzando os braços para apoiar o queixo. Todas elas se entreolharam, receosas.

Eu, sinceramente, estava viajando na maionese.

— Respondam, bando de putas desgraçadas!

Ele gritou, raivoso.

Bom, agora eu estava sem entender e com medo.

— Ca..cal..ma, Gustavo.

Se pronunciou Paloma, com dificuldade

— Calma? Vocês acham que eu sou otário, suas filhas da puta?

Ele deu uma gargalhada irônica.

— Você tem certeza disso? Não foi un engano?

Paloma insistiu.

— Você acha que eu estaria aqui por um caralho de um engano?

Gustavo gritou, tirando uma arma de suas costas e destravando.

— E aí? A puta burra vai começar a falar ou teremos quatro cadáveres?

O silêncio tomou conta da sala. Eu me tremi por inteiro.

— Então não vão falar? Vai ser uma morte bonita, as quatro mosqueteiras, vão poder contar no céu que morreram por amizade. Comovente. Quem vai ser a primeira?

— Fui eu.

Manuela se manifestou, com a voz falhada. Ele à olhou

— Ah! Que maravilha. Pelo menos teve compaixão com as amigas. Morre só você, então. E que sirva de exemplo. Eu não sou otário.

Ele berrava. Gustavo apontou a arma para ela.

Santo Deus!

Manuela se tremia toda e seu rosto estava tomado pelas lágrimas. Ela fechou os olhos e  as mãos.

Santo Deus! Santo Deus mil vezes, alguém tinha que fazer algo.

— Gustavo, não, pelo amor de Deus!

Gritou Paloma.

— Não faz nada com ela, por favor.

Mirela se pronunciou.

— Nós ajudamos a pagar tudo que ela recebeu. Ou ela mesma te devolve, por favor! 

A outra morena, que eu descobri que se chamava Patrícia, propôs nervosa.

— Calem a boca!

Ele falou, caminhando até ela e ficando mais perto.

Manuela colocou as mãos sobre o rosto, se protejento.

Eu não aguentava mais, engoli em seco e por um impulso, corri até a frente de Manuela.

— Gustavo! Para, por favor.

— Saí da frente, agora!

— Não! Por Deus! Tenha piedade.

Pedi, levantando as mãos e protegendo o corpo de Manuela. Meus olhos acharam o dele na mesma hora.

Mesmo que ele fosse me matar ali, o que era óbvio, eu precisava tentar.

La putaOnde histórias criam vida. Descubra agora