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Gustavo apoiou suas mãos na porta, me "fechando".

Ele encarou meus lábios e ficou intercalando com meus olhos, me provocava.

Tudo em mim estava arrepiado, excitado. Tão pouco e para o meu corpo era muito.

Que calor!

—‎ Então, eu, então, o senhor, vai, é, hm, você..

‎Gaguejei, descontrolada, olhando aquela boca vermelhinha que havia me dado um beijo devorador. Estava muito próxima para que eu raciocinasse.

Quero mais um, só mais um. Quero dizer, não!

Desviei meu olhar, na tentativa de pensar, sem tudo aquilo diante de mim.

Eu vou ser forte, é só sair daí, Gabriela.

—‎ Eu vou, o que?

A voz dele invadiu meus ouvidos. Olhei novamente para seus lábios, ele sorria.

Puta que pariu, o que eu ia fazer?

Minha aflição ô divertia, era nítido. Eu percebia muitas coisas e conseguia raciocinar o certo, o corpo dele só precisava estar a alguns metros distantes para meus pensamentos controlarem minhas ações. Ele gostava de jogar comigo. Eu sempre pulava de tobogã nesse jogo, sem nenhum esforço, com ele tão próximo assim.

Piquei, fechando os olhos, tentava manter o foco necessário. Eu juro que estava me esforçando.

—‎ O senhor ainda vai precisar de mim?

Falei rapidamente e o mais firme que pude, sem pausas. Abri meus olhos para conferir a resposta e Gustavo ainda sorria.

Meu Deus, ele precisava parar com aquilo.

—‎ Eu precisar de você?

Perguntou.

—‎ É

—‎ Eu?

—‎ É, se você, você, não vai, precisar..

Ele se aproximou enquanto eu falava.

Oh não, mas que merda!

—‎ Se você não vai precisar de mim, então, eu, eu, eu p-osso ir?

Consegui terminar a frase, tentando ignorar o fato dele estar quase me beijando.

La putaOnde histórias criam vida. Descubra agora