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Eu ô encarava revoltada.

Vou mando-lo se foder.

Pensei um pouco e vi, que era o ele queria. Gustavo não estava irritado, estava me provocando. Ele queria uma má resposta minha. Me encarava provocativo, esperando por isso.

Ele sabia como me desestruturar, de algum jeito muito louco, sabia.

—‎ Por mais que a sua acusação seja mentirosa, porque não te trago problemas, peço desculpa se causei incômodo, pelo seu cliente.

Falei, ironicamente.

Tentei esconder toda a minha irritação. Meu sangue fervia por dentro.

Ele me olhou desconfiado e passou as mãos no queixo.

— Acha que um pedido de desculpas resolve toda merda feita?

Ele novamente questionou.

Respirei um pouco.

—‎ Eu acho que, a minha intenção de lhe causar transtornos era insistente, a culpa não foi minha e você sabe muito bem disso.

— Sei?

Uma pontinha de agulha cortava o clima.

— Sabe.

Falei, dando o sorriso mais falso do mundo.

Ele não me respondeu. Minha perna não estava mais sendo controlada. Pensava que, a qualquer momento ele iria socar meu rosto igual fez com o homem.

Passou alguns segundos, ele colocou uma de suas mãos sobre a mesa e segurou a barriga, começando a rir.

Do que esse demente tá rindo? Babaca!

Ele sempre dava um jeito de debochar das coisas que eu falava.

Fechei meus punhos, estava estressada e a hora da cara fechada era minha.

—‎ Você..

Ele tentou falar entre as gargalhadas, sem ar e apontou pra mim.

—‎ Você, é muito, engraçada.

Revirei os olhos.

—‎ Você é um imbecil. Vá a merda!

Sussurrei para mim mesma.

Ele me olhou e foi parando de rir.

—‎ Disse alguma coisa?

—‎ Falei que está com emenda. É que, tipo, a boate tá cheia e se eu ficar aqui parada, sabe como é, vai ficar emendando os clientes. Você entende?

—‎ Não entendi ainda, me explica.

Senti a ironia em sua voz. Eu estava nervosa e sem paciência, ele me fazia perdê-la. Respirei fundo mais uma vez.

Que os deuses do namastê me ajudem!

—‎ Se o senhor não se incomodar, vou voltar ao meu trabalho. Com licença?!

Avisei e fui até a porta. Senti o corpo de Gustavo atrás de mim, assim que toquei a maçaneta.

—‎ Eu ainda não te liberei.

Sussurrou ele, no meu ouvido.

O ar quente que saía de sua boca passou pelo meu pescoço e fez com que todo meu corpo se arrepiasse.

Gustavo tirou minhas mãos da porta, fechando-a.

Seu corpo estava apoiado sobre minhas costas e ele levou as duas mãos para minha cintura, apertando.

As pernas não existiam mais quando ele mordiscou meu pescoço e foi descendo.

Que efeito Gustavo era esse? Filho da puta!

Fui me virando devagar e ele estava perto demais para quem precisava manter o controle da situação. Eu não sabia lidar com isso, era preciso que eu aceitasse isso de uma vez por todas.

La putaOnde histórias criam vida. Descubra agora