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3:30h(M) - Boate.

Avisto Edgar em uma mesa e Joaquim me manda atende-lo com a cabeça. Pego o bloco de folhas animada e vou até a mesa.

— Boa noite, senhor. O que deseja?

Ele me encara espantado enquanto me analisa. Edgar inclina um pouco os ombros, colocando seus cotovelos sob a mesa e sorri.

— Desejo você, lá em cima, em uma cama, pelada.

Solto uma gargalhada e coro. Pisco pra ele, fazendo que não com a cabeça.

— Hoje não, mocinho.

Edgar faz um bico, e logo depois sorri novamente.

— Ta fazendo o que servindo?

— To cobrindo um funcionário que faltou.

— Bem sexy esss roupa. Dá pra brincar.

Ele caçoa e eu aperto os olhos. Levo o bloco de notas até a cabeça dele e dou uma batidinha leve. Ao passar o olho no bar, Valentim faz sinal pra me apressar.

— Vai pedir o que?

— Não pode ser você?

— Não Edgar. Fala logo!

— Poxa, que atendimento é esse? Preferia o outro garçom.

Dou outra gargalhada e chuto sua canela.

— Pede, Edgar!

— Ai, que mulher é essa? Cadê o carinho.

Fecho a cara.

— Vai ficar sem atendimento. Tchau.

Ele segura minha mão, rindo.

— Quero um derive, duas doses.

Anoto.

— Só isso?

— An, e você sentada no meu colo, me beijando e rebolando.

Chuto mais uma vez sua canela e ele contorce o rosto.

— Que mulher ruim!

Dou de ombros e saio rindo.

Entrego o pedido a Valentim e ele prepara.
Vou até outras duas mesas e anoto tudo, levando novamente ao bar.

Pego a bebida de Edgar, e vou até sua mesa. Ele sorri enquanto eu coloco e eu tento ignorar. Antes de sair, ele segura minha mão.

— Tá faltando aqui.

— O que?

— Você no meu colo, me beijando.

Puxo a mão e rolo os olhos.

— Vai caçar uma garota, Edgar.

Falo, apontando pras meninas que circulam. Ele continua com os olhos fixos.

— Já achei.

Ignoro mais uma vez e saio andando.

A noite continua e Edgar vai embora depois de tomar algumas doses. Me espanto por ele não ter subido com nenhum garota.

Quando a boate fecha, Vitor nos leva para casa. Eu não estava tão cansada, o trabalho servindo era bem menos cansativo e muito mais fácil. Na van, converso com as meninas sobre minha experiência.

La putaOnde histórias criam vida. Descubra agora