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Na manhã do dia seguinte, acordamos em clima de despedida. As meninas paparicavam Mirela por sua saída. O clima estava pesado por uma despedida. Apesar das desavenças, ela era uma boa pessoa.

Ao chegar da boate, não dormi, então, eu havia preparado um bolo para ela. Mirela ficou super-emocionada e me agradeceu com carinho.

Vitor não demorou à chegar, comemos todos o bolo. O clima estava amigável, até que Gustavo entrou pela porta.

— Bom dia.

Disse ele.
Seu rosto estava péssimo, parecia que ele tinha bebido a noite inteira.

Todos se levantaram e Vitor foi até ele.

— Bom dia, irmão.

— Bom dia.

As meninas responderam em coral.

— O carro vai chegar em vinte minutos. Suas coisas já estão prontas?

Perguntou ele, se direcionando a Mirela.

— Sim, senhor. Vou pegar.

Ela saiu em disparada.

O olhar de Gustavo encontrou o meu.
Eu estava distante, parada na porta da cozinha. Engoli em seco e ô encarei de volta. Não passava uma faca.

— Você quer um pedaço de bolo, Gustavo?

Perguntou Paloma, antes que percebem o clima.

— Não. Obrigado.

Respondeu ele, ainda me encarando.

Mirela desceu as escadas e as garotas foram de encontro à ela. Elas se abraçavam, enquanto eu me emocionava de longe. Eu encarava Gustavo de rabo de olho, ele não parava.

Assim que as meninas soltaram Mirela, ela caminhou até a mim e parou na minha frente, estendendo a mão pra mim. Me surpreendi e dei a mão à ela.

— Obrigada, de verdade. Você.. me ajudou. Acredite, eu fiquei muito agradecida.

Ela sussurrou. Sorri, com os olhos encharcados, abracei ela.

— Nos veremos em breve?

— Claro. Gabriela, se cuida. Sem julgamentos, toma cuidado com o que você está se metendo. Se cuida.

Ela sussurrou mais uma vez, fazendo carinho nas minhas costas.

Soltei ela, sorrindo e assenti, limpando a lágrima.

— Então, é isso. Vamos?

Ela perguntou, se virando.

Mirela pegou suas coisas e eles caminharam até a porta.

— Adoro vocês, se cuidem.

— Adoramos você!

Gritamos de volta, enquanto fechavam a porta.

La putaOnde histórias criam vida. Descubra agora