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Saindo da sala ela seguia caminhando, próximo as mesas, ela parou e me olhou.

— Quanto mais o cliente bebe, mais oportunidade de se livrar dele você tem. Caso ele queira ir pro quarto nada de protestar, apenas vá. Ele pode te tocar o quanto quiser, você sempre tem que estar com sorriso nos lábios. Tudo o que ele falar, concorde, eles tem sempre a razão, outra coisa, mesmo que você não esteja sentindo absolutamente nenhum prazer na cama, o cliente precisa sair satisfeito, então faça com que ele sinta que você está se satisfazendo assim como ele. Entendeu?

Eu estava apavorada, minhas mãos suavam e eu queria chorar, queria um abraço da minha mãe, não queria que ninguém me tocasse, não queria estar ali.

Apenas assenti, Paloma me olhou com um olhar triste e compreensivo.

— Eu sei que é difícil, Gabi mas pense em Deus, foca na sua liberdade. Tudo vai se resolver quando você menos esperar!

Motivou ela, me dando um abraço. Retribui, precisava daquilo.

— Vamos, Vitória está nos observando.

Sussurrou, me soltando e voltando a caminhar. Arregalei meus olhos e olhei para os lados.

Está nos observando, onde? Não estou vendo ela, oras!

[....]

Paloma parou em uma mesa, apoiando seu braço e dando um sorriso malicioso.

— Boa noite?

Cumprimentou ela, com uma voz sensual, se dirigindo ao homem que estava sentado. Ele a olhou, fitando e sorriu, maliciosamente, de lado.

O homem era moreno, de olhos pretos, tinha uma barba rala, suas sobrancelhas eram totalmente certas, seus lábios eram fartos e avermelhados. Até que não era feio.

Paloma me lançou um olhar de: "faz alguma coisa", e só aí, eu me dei conta de que estava igual uma retardada, parada e em pé. Eu ô olhei e tentei imita-la, dei um sorriso malicioso, mas acho que não havia dado muito certo.

— Boa noite.

Tentei imitar o mesmo tom de Paloma e a verdade era que não deu nem um pouco certo, não mesmo. Minha voz saiu baixa e rouca, parecida com a de um ganso.

Que vergonha!

Ele sorriu e me encarou, puxei uma cadeira e sentei-me.

— Boa noite, meninas.

Respondeu ele, por final.

Seus olhos cravaram em mim, em meus peitos, me senti incomodada e desviei meu olhar para o chão.

Estava com vergonha e com muito medo de não dar certo. Minhas pálpebras tremiam e minhas mãos suavam, mesmo que eu tentasse disfarçar.

— Vocês bebem o que?

Perguntou ele.

— Nad...

— Bebemos o que você pagar, amor.

Paloma me interrompeu, rapidamente.

— Claro que, a preferencia é de Martini, duas doses.

Avisou ela, acrescentando. Ela sorriu e piscou para o cliente, fazendo com que a atenção dele ficasse nela. Agradeci ela, sussurrando baixinho e ela balançou a cabeça.

Ele chamou o garçom e fez os pedidos, logo, chegaram. Eu não queria beber, mas precisava me soltar. Dei meu primeiro gole, olhando para Paloma, enquanto a música alta rolava.

— Qual o seu nome?

Indagou ele, tocando na minha mão que estava sobre a coxa.

Engasguei com a bebida na mesma hora.

La putaOnde histórias criam vida. Descubra agora