Ficamos um tempo controlando nossas respirações e acabei me dando conta de que tinha muito mais trabalho pela frente. Eu não podia ficar perdendo meu tempo ali.
Empurrei seu corpo pro lado, devagar e ele caiu sobre a cama, fui levantando devagar e Edgar puxou meu braço de volta, caí sobre ele.
Edgar ficou me encarando sério e me beijou, agarrando meus cabelos. Ele me virou na cama e foi descendo os beijos para o meu pescoço.Me arrepiei por inteira.
Trabalho!
— Edgar, eu preciso ir, meu, hm, horário aqui, já bateu.
Sussurrei pausadamente, estava me excitando novamente.
Ele deslizou pelo meu corpo e parou na minha buceta, massageando por cima.
— Já?
Sussurrou ele, repuxando meu cabelo e encarando meu rosto. Fiz que sim com a cabeça e ele rodeou meu clitóris com a ponta dos dedos.
Oh Deus, quero ficar!
Você não tem que querer nada. Trabalho! - lembrou-me aquele meu velho e querido amigo: subconsciente.
— Preciso... Edgar!
Repreendi com o olhar.
Ele suspirou, deu um beijo no meu pescoço e me soltou. Se direcionou ao banheiro e fechou a porta. Suspirei também e me levantei, sem vontade.
Coloquei meu vestido e ajeitei meu cabelo. Arrumei o rosto no espelho e chequei o quarto. Ajeitei algumas coisas por cima, enquanto escutava o chuveiro. Por fim, peguei a ficha e coloquei o salto.
Abri a porta.
— Tchau pra você também, viu?
Ouvi Edgar gritar e eu olhei-o. Ele estava com os cabelos molhados, com a toalha na cintura.
Oh, gostoso, que tchau o quê. Vem cá!
Controle-se!
Sorri com meus pensamentos.
— Beijo, querido. Volte sempre.
Debochei.
— Com prazer. Muito prazer, aliás.
Ele retrucou.
Olhei-o provocativa.
— Bastante. Até logo.
Dito isso, bati a porta, sorrindo.
Que foda foi essa!
Desci as escadas totalmente sorridente.
Meu tempo era curto nessa vida mas eu sabia muito bem o que era paga pra fazer e não incluía meu prazer nisso. Eram poucos e raros os clientes que chegavam até nós com esse interesse. Quando recebíamos o prazer que só estávamos acostumadas a dar, era a sorte do dia. Ou melhor dizer, da noite.
E eu tinha sido a sortuda da noite.
Fui direto para o bar e peguei uma bebida. Eu nem era de beber mas estava animada. A música alta tocava e o salão estava cheio.
Me direcionei até a sala de espera, quando cheguei, estava vazia. Me sentei no banco e fiquei esperando minha vez, enquanto dava leves goladas na minha bebida.
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La puta
RomanceGabriela, uma menina de 20 anos, se vê completamente perdida ao descobrir que sua vida foi uma grande mentira. Forçada a se prostituir para pagar uma dívida deixada por seus pais, ela acaba encontrando paz em situações inesperadas, entrando assim, e...