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Gustavo pressionou nossos corpos.

Foda-se, me beije!

Fiquei esperando e nada. Abri meus olhos e ele ainda me encarava.

— O que você tá fazendo comigo?

— Você que não tá fazendo comigo.

Rebati, sorrindo.

— Para! Não sorri, não me olha assim, não fala comigo assim.

Ele falou, seu tom de voz havia mudado. A grosseria e arrogância estava ali novamente.

Eu era uma burra.

— Me solta!

Gritei.

— Para de fazer essas porras que você tá fazendo. Você tá entendendo?

Ele gritou de volta.

Apertei meus olhos.

— Eu não estou fazendo nada.

Gritei também, empurrando ele.

O corpo dele foi pra trás e eu saí correndo, sem olhar para trás.

Eu nunca havia sentido tanto desejo. O pior, eu nunca havia não conseguido entender o que alguém queria comigo. Eu não fazia a mínima idéia do que esse retardado queria.

Corri até o banheiro e me tranquei lá.

Fui até a pia e joguei água no meu corpo, que parecia queimar. Levantei meu olhar pro espelho e repeti:

— Eu te odeio, Gustavo. Eu te odeio!

(....)

Alguns minutos depois, saí disparada para o quarto, me deitei em minha cama e o sono tomou conta. Não vi mais nada.

La putaOnde histórias criam vida. Descubra agora