No corredor, passei por Vitor. Ele segurou meu braço e eu encarei-o.
— Onde está Gustavo?
— No escritório.
— Por que ele reagiu daquele jeito? O que está acontecendo?
Ele apertava meu braço enquanto falava. Puxei, empurrando-o para trás.
— Não sei, porra. Pergunta pra ele.
Gritei e comecei a andar, Vitor puxou meu corpo pra trás, agarrando meu cabelo e colando meu corpo no dele.
— Eu acho bom você entendet que, se o Gustavo continuar com essa postura eu vou me foder. E se eu me foder por isso, levo você junto.
Ele sussurou no meu ouvido. Empurrei seu corpo pra trás, me soltando e virei, encarando seus olhos.
— Isso é uma ameaça?
— Um aviso.
Ele respondeu e piscou. Vitor me deu as costas e foi em direção ao escritório.
Meu corpo fervia de raiva. Soquei a parede e gritei de dor.
— Escroto! Aí!
(.....)
A noite havia chegado. Eu terminava de me arrumar para ir para boate. As meninas faziam o mesmo, conversando.
O clima havia melhorado. Aliás, tudo que incluía eu e elas, ficava bom. Não havia contado nada do que sabia para elas. Não queria alarmar um desespero.
A van chegou às dez em ponto. Entramos e fomos. Dessa vez nenhum dos chefes estavam. Fomos acompanhadas apenas pelos seguranças.
Ao chegar na boate, arrumamos tudo para começar a noite. Eu não sabia para onde iria, por isso, fiquei esperando, sentada no bar. O movimento começou a crescer e eu decidi ir pro quarto, para ser escolhida.
Terminei de golar a bebida e levantei, abaixando meu vestido. Fui dando alguns passos em direção a porta e Edgar apareceu, entrando na minha frente afobado.
— Surpresa!
Ele disse, sorrindo.
Abri um sorriso largo e pulei em seu colo, ele me apertou, erguendo meu corpo.
— Ah! Não acredito, estava com saudades, ein?
Gritei, ainda ô abraçando.
Edgar me colocou no chão e eu me afastei um pouco. Ele pôs as mãos sobre o meu rosto, alisando.
— Você tá bem? Melhorou daquele dia?
Perguntou, me analisando.
— Estou, fica tranquilo.
Pisquei um olho.
— Fiquei preocupado.
— Relaxa, tá tudo mais do que bem. Agora eu tenho que trabalhar mas se ficar por aí mais tarde conversamos.
Falei, me despedindo. Edgar segurou em minha mão.
— Ah, não. Vamos subir, não precisa entrar. Vem, vamos no caixa.
Ele pediu.
Assenti, sorrindo.
— Então vamos.
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La puta
RomanceGabriela, uma menina de 20 anos, se vê completamente perdida ao descobrir que sua vida foi uma grande mentira. Forçada a se prostituir para pagar uma dívida deixada por seus pais, ela acaba encontrando paz em situações inesperadas, entrando assim, e...