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Gustavo me encarou, eu estava no chão. Ele estendeu a mão para mim, segurei.

— Posso saber o que tá acontecendo na minha boate?

Perguntou, raivoso. Seus olhos fuzilavam o homem.

Me levantei com sua ajuda e ele me puxou pro seu lado. Gustavo analisou todo meu corpo, parecia procurar algo que tivesse me machucado.

Eu estava sem reação, assustada com tudo que havia acabado de acontecer.

— E...eu fiz o meu trabalho lá encima, eu fiz, ele não quis me pagar e..

— Essa sua putinha de quinta não fez o trabalho direito! Foi uma merda igual ela!

O homem gritou, me interrompendo.

Gustavo cerrou os dentes e encarou o homem. Seus olhos ardiam e senti seu corpo estremecer. Ele desviou e passou o olho em volta, parecia pensar.

Todos nos olhavam. Meu rosto ardeu de vergonha daquilo. Eu definitivamente não tinha psicológico para aquilo.

— Levem ele para o meu escritório agora!

Gustavo ordenou para os seguranças e apontou para o homem. Eles seguraram no braço do homem com brutalidade e foram levando-o enquanto ele fazia escândalo, gritando coisas sem sentido.

Gustavo virou seu olhar pra mim, enquanto abriam espaço para a passagem do homem.

— Você vem também.

Sussurrou, mandando.

Assenti. Eu estava com medo mas qualquer lugar era melhor que ali.

Olhei para os lados e avistei Paloma, ela me lançou um olhar confortante e sussurrou para que eu lesse em seus lábios: "Força. Se acalma".

Gustavo abriu a porta e os seguranças jogaram o homem porta a dentro. Engoli em seco. Gustavo pediu para que saíssem e gesticulou com as mãos para que eu entrasse, batendo a porta atrás de mim em seguida.

Tampei meus peitos com os braços, me encolhendo no canto da sala.

Os vestidos que disponibilizavam para nós eram muito decotados e constrangedores.

— Posso saber que palhaçada na minha boate foi essa?

Perguntou, furioso e encarou o cliente.

A pergunta parecia ser mais para ele do que para mim.

— De novo, Renato? Eu já te livrei de se foder comigo duas vezes e você sempre faz a mesma merda. Tem otário aqui? Passou dos limites!

Gustavo estava muito alterado. Seus olhos estavam arregalados e o suor pingava pela testa.

Engoli em seco, encarando os dois.

— Está caindo a qualidade de suas putas, cada vez mais ruim. A culpa é minha?

O homem debochou, soltando gargalhadas.

Meu sangue ferveu.

Queria voar em cima dele e enganar seu pescoço.

La putaOnde histórias criam vida. Descubra agora