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Eu não queria atrapalhar o casalzinho mas: Ele arruinou a sua vida, é seu chefe e um monstro, só pra te lembrar, fofinha.

Meu subconsciente me chamou para a realidade.

Abri meus olhos, assustada.

O que eu estava fazendo?

Gustavo estava com os olhos fechados também, a boca dele, vermelhinha, encostou na minha.

Senti meu corpo entrar em choque e desviei, me soltando e saindo de perto. Minha respiração estava descontrolada, como se eu tivesse desaprendido a respirar.

O que tinha acabado de acontecer? Isso foi um clima?

Comecei a olhar para aquela paisagem do terraço. Eu só tinha reparado agora, como era linda. O sol, nascendo, refletia sua luz toda ali.

Comecei a ficar nervosa com o silêncio. Eu estava de costas para ele.

— É que a porta lá embaixo estava aberta, então, resolvi verificar se tinha alguém aqui. Sabe como é? Para a segurança das meninas e a minha segurança também, lógico.

— Sim, claro.

Ele se limitou a falar isso.

Me virei para ele novamente, ô encarando. Ele estava parado com semblante indecifrável. Não esboçava nenhum tipo de reação. Por dentro, eu também estava assim, em choque.

— E foi isso, resolvi subir por isso. Bom, eu estou morrendo de sono, trabalhei bastante né? Então, é isso, bom dia, Gustavo, com licença.

Metralhei as palavras rapidamente.

Ele não me respondeu e nem se mexeu. Saí dali em disparada.

Desci para a sala igual uma flecha.

Me joguei no sofá e levei minhas mãos até testa, colocando meus cabelos para trás.

— Brother, que porra foi essa? Por que você deixou essa coisa ridícula acontecer?

Gritei e peguei uma almofada, afogando meu rosto dela.

Por um impulso, joguei a almofada longe e levantei, bicando o sofá. Na mesma hora, senti uma dor enorme.

— Ah! meu dedo. Burra!

Gemi, me jogando no sofá novamente e sentindo aquela dor insuportável.

La putaOnde histórias criam vida. Descubra agora