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Quando despertei, estava no sofá de um escritório enorme. Sentei-me no sofá assustada e fiquei analisando o lugar. Tinha uma janela enorme e uma mesa cheia de documentos e pastas, tudo muito bem organizado. Em frente ao sofá que eu estava, tinha uma mesinha de centro com dois whisky da calibre e ao lado deles dois copos grandes. Havia uns armários pequenos, de aço, cheios de gaveta, por todo lado e uma grande claridade.

Lembrei-me da minha perna e à olhei rapidamente, estava enfaixada.

Mas... eu não senti nada!

Estava assustada e reparando em todo o lugar. Olhei para a porta e ela estava semi-aberta. Levantei e fui caminhando até ela devagar, dei uma abridinha com a ponta dos dedos e engoli em seco. Eu estava morrendo de curiosidade, queria saber onde e com quem estava. Um silêncio absoluto tomava conta dali.

Eu só me lembrava que havia saído em um carro, minha cabeça doía.

Nem uma alma viva passou naquele corredor, mordi meu lábio inferior, eu ia morrer de curiosidade.

Descidi esperar e voltei para o sofá, me sentando.

Se eu saísse era capaz de acontecer alguma confusão e eu não quero isso.

Isso não significa que não posso bisbilhotar por aqui...

Levantei e andei até a mesa, fiquei analisando pasta por pasta, tinham apenas duas cores: azul e preta. Elas eram grossas e dava pra perceber que contiam bastante papel. Fui mexendo por ali e não achei nenhuma indentificação.

Ali não parecia um hospital, virei meu corpo e olhei pela enorme janela. Estava em um lugar bem alto e meus olhos focaram no grande mar que tinha em frente.

Tentei abrir a janela mas não consegui achar nenhuma fechadura para abrir. Bufei de raiva.

— Que saco!

Resmunguei, enquanto mancava até o sofá, me sentando.

Fiquei analisando o enfaxe na minha perna e o tédio tomou conta. Me reencostei no sofá e fechei meus olhos.

— Eu penso o tempo todo
     Porque você me deixa
     Com a pulga atrás da orelha
     Um pé na frente e outra atrás?

Sussurrei cantarolando.

— E me deixando solta
    Mas me prendendo tanto
    Que pra me ganhar
    É só olhar, no meu olhar
    É só olhar, no meu olhar
    Seu olhar mergulhar
    É só....

Ouvi alguém dar uma risada e travei, abrindo os olhos arregalados. Olhei diretamente pra porta e não tinha ninguém. Engoli em seco e levantei.

— Tem alguém aí?

Ninguém respondeu, esperei uns minutos e quando fui andar para conferir, o chefe entrou pela porta, de cara fechada.

— Vejo que já está bem.

— Sim.

Respondi seca, no mesmo tom.

— Ótimo! Vamos.

— Onde eu estou? Vamos para onde?

Perguntei, tomada pela curiosidade.

— Não te interessa, você pergunta demais. Quando eu falar vamos, venha!

Gritou ele.

La putaOnde histórias criam vida. Descubra agora