Não, não, não. Definitivamente, não!
Balancei minha cabeça e empurrei seu corpo bruscamente. A gaita dele caiu na mesma hora. Nossos corpos se distanciaram.
Ele olhou a gaita no chão e me encarou em seguida, franzindo o cenho.
— Que porra foi essa? Tá maluca?
Gritou, confuso, enquanto gesticulava com as mãos apontando a gaita. Pisquei mil vezes, atordoada, as palavras não saíam. Nem eu sabia, de fato, que porra era aquela.
Levei minhas mãos até meus cabelos e alisei eles pra trás. Eu estava travada e sem coragem de encara-lo. Meu corpo esquentou e eu suava-frio.
Estava tudo bem, não é mesmo?
Não, meu Deus, não tá tudo bem.— Eu e você. Nós dois. Não, você...
Tentei assimilar algo para falar. Não saía nada direito, minha cabeça parecia querer explodir de tanto pensar rápido em um milhão de coisas ao mesmo tempo.
Ô peste, não pensa muito não, gente burra da pane quando tenta, vai explodir a cabeça daqui a pouco. — caçoou, aquele lindo.
Sem brincadeiras agora, desgraça!
— Porra... Não tô entendendo nada. Você tá bem?
Gustavo disse, me voltando para a realidade. Encarei seus olhos e mordi meu lábio, nervosa.
— Quer saber? Não, não tem nada bem aqui, não tem nada bom!
Soltei, raivosa e só depois de olha-lo, percebi que talvez, só talvez, eu tivesse gritado ao falar isso.
Gustavo deu dois passos para perto de mim, engoli em seco mas continuei firme onde estava.
— Vamos sentar ali, você me explica com calm..
— Você! Você! Não! Não chega perto de mim, não chega! Não!
Mais uma vez, gritei, ô interrompendo de colocar as mãos em mim.
— Você é maluca, caralho? Não é possível, tava tudo bem até agora. Tem explicação isso?
Eu não sabia o que estava fazendo, por isso, não daria para explicar, eu só sabia que estava absolutamente tudo errado.
Desviei meu olhar para porta do terraço e tentei calcular quanto tempo daria até eu correr até ali, sem ele conseguir me segurar. Eu não queria explicar o que eu não sabia.
Gustavo olhou rápido na direção em que eu havia olhado e fraziu mais ainda o cenho. Por um impulso, comecei à correr, com desespero, de encontro a porta.
Preciso sair daqui..
Olhei para trás rapidamente e Gustavo gritou, ele estava vindo em minha direção. Com o coração acelerado, aumentei as pisadas e chegando, pus minhas mãos sobre a porta, abrindo. Senti as mãos dele sobre meu braço, me puxando. Ele levou meu corpo para trás e fechou a porta, entrando na frente dela.
Meu pai do céu, me ajuda
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La puta
RomanceGabriela, uma menina de 20 anos, se vê completamente perdida ao descobrir que sua vida foi uma grande mentira. Forçada a se prostituir para pagar uma dívida deixada por seus pais, ela acaba encontrando paz em situações inesperadas, entrando assim, e...