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Acordei com as meninas conversando no quarto. Suspirei e pus meu travesseiro sobre a cabeça, tentando me livrar do barulho. Senti algumas cutucadas sobre minhas costas e revirei meus olhos, bufando.

Retirei o travesseiro bruscamente e abri meus olhos. Estava pronta para soltar todos os palavrões que eu conhecia, mas travei ao ver que era Paloma.

Arqueei um pouco minha sobrancelha, encarando seu rosto.

— Que rosto amassado, Jesus, boa tarde, flor da noite.

Falou ela, ironizando e deu um sorriso alegre.

Sorri forçado, estava tentando esconder que meu mal-humor reinava.

— Será que é porque eu estava dormindo?

Rebati, grosseiramente. Confesso que me arrependi segundos depois. Ela não merecia.

Eu tinha sorte que, Paloma era muito gente boa.

Ela sorriu, balançando a cabeça.

— Vamos levantar, já são meio dia e vinte e os chefões convocaram uma reunião, do nada. Vão nos atormentar, com certeza e pela sanidade de todos, melhor seguir as regras. Então, vamos, senhora preguiça.

Paloma terminou de falar e bateu algumas palminhas, por fim, deu tapa na minha bunda, sobre o edredom.

Eu ri, sincera agora. A energia dela contagiava.

— Tudo bem. Sabe se eles já estão chegando ou dá tempo pra um cochilo?

Perguntei, sonolenta.

— Sim, estão chegando. Não, não dá tempo, Gabriela, levanta!

Ela insistiu, revirando os olhos e saiu. Paloma pegou uma muda de roupa e começou a dobrar.

— Gustavo também vai vim?

Perguntei por um impulso e me sentei na cama.

— Claro né, "chefes", todos.

Respondeu, óbvia.

Dei um longo suspiro, joguei a almofada no meu rosto e me impulsionei para trás, caindo sobre a cama. Fiquei ali, pensando.

Não queria encontrar aquele babaca. 

Depois de uns minutos, levantei-me rápida, me desloquei até o banheiro. Tirei a roupa e tomei um banho quente, lavei o rosto e passei hidratante no corpo. Voltei para o quarto e coloquei um vestido colado, branco. Não quis colocar calcinha e muito menos sutiã, eu estava literalmente me sentindo em "casa". Soltei meus cabelos e passei a escova, ele caiu sobre as costas, molhado e eu deixei ele solto.

Desci as escadas cantarolando uma música de funk, animada. Chegando na sala, Patrícia estava sentada no sofá. Rebolei um pouco, brincando e me joguei, sentando ao lado dela. Ela me encarou, fechando a cara e se levantou, sentando no outro sofá.

Fiquei super-irritada. Esse jeitinho dela estava me tirando do sério.

La putaOnde histórias criam vida. Descubra agora