Capítulo 04

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Capítulo 04

|Morgana narrando|

É, Luan estava um homem e tanto e aquilo não me assusta! Já era de se esperar que ele estaria na sua melhor forma.
— Aqui é seu quarto! — Abri a porta e entrei na sua frente.
— Uou, grande, hein? — Luan colocou seu blazer na poltrona e eu abri as cortinas.
O quarto era um dos maiores da casa depois do meu e de Benjamin. Tinha uma cama de casal, dois criados-mudos com gavetas e abajur. Um guarda-roupas, uma poltrona, cômoda, escrivaninha e uma televisão. Preparei tudo com maior cuidado e atenção possível. Era a primeira vez que Luan vinha a nossa casa e eu não queria causar má impressão.
— Espero que tenha gostado, sinta-se a vontade e qualquer coisa é só me chamar que eu te ajudo! — Juntei as mãos e ele sorriu, assentindo.
— Muito obrigado, Morgana, eu gostei demais do quarto! — Passou a mão na nuca. — A cama é o meu lugar preferido do exato momento. — Brincou e eu ri, negando com a cabeça.
— Descansa aí, eu vou pedir para Dolores preparar um lanche pra você! — Fui saindo do quarto e ele assentiu apenas.
Desci as Rivadavia e pedi para Dolores preparar a mesa com um lanche para Luan. Ele tinha viajado bastante tempo, certamente estava com fome.
— Já disse que não gostei dele? — Dolores sussurrou, colocando a jarra de suco sobre a mesa.
— Ai, Dolores! — Revirei os olhos rindo e Luan apareceu na sala de jantar. — Senta aqui, Luan preparei a mesa pra tomarmos um lanche!
— E que lanche, hein? — Apontou na direção do bolo de cenoura e se sentou à mesa. — Meu irmão está chegando já?
— Benjamin está em reunião, chega mais tarde, mas ele já sabe que casa. — Me sentei e sem querer seu olhar encontrou o meu por alguns segundos.
— Meu irmão sempre teve muita sorte na vida mesmo. — Luan murmurou, se ajeitando na cadeira e eu ri, abaixando a cabeça.
— Uma sorte que ele não sabe aproveitar mais nada. — Revirei os olhos e Luan arqueou uma sobrancelha.
— Como assim?
— Nada! — Suspirei. — Vamos comer, porque tudo isso aqui está uma delícia.
— Meu irmão é casado com uma mulher maravilhosa e não sabe dar o devido valor? — Começou a rir e eu abaixei um pouco a cabeça. — Quem não dá assistência, abre concorrência!
— É... pois é! — Mordi o lábio inferior e coloquei um pedaço de bolo em seu prato.
Assustei com Luan segurando minha mão de repente e se aproximando um pouco mais.
— Se ele não sabe aproveitar essa sorte, outra pessoa pode chegar e saber como usar ela. — Murmurou, olhando em meu olho. — Depois não adianta chorar pelo leite derramado, concorda comigo, Morgana?

...

A MULHER DO MEU IRMÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora