Capítulo 18

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Capítulo 18

|Morgana narrando|

Bati a porta do quarto com força e contei até dez antes de começar a chorar. Ele precisava me tratar mal na frente de Luan? Não custava nada fingir educação comigo.
Fui para o banheiro e tomei um banho demorado, deixei todo meu estresse ir embora, eu precisava esfriar a cabeça ou iria explodir de raiva.
Saí e vesti meu pijama, amarrei o cabelo em um coque e me deitei na cama. Fechei os olhos com força e deixei as lágrimas escorrerem. Eu não sei por quanto tempo vou suportar esse casamento, só sei que tudo isso está me matando aos poucos e eu preciso viver “de novo”.
— Que merda, hein Morgana? — Benjamin entrou, batendo a porta do quarto.
— Vai se foder, Benjamin! — Esbravejei, me sentando na cama.
— Podia ser mais educada comigo, pelo menos na frente do meu irmão!
— Você que devia ter educação! Eu dou aula de balé, porque amo fazer isso, entendeu? Você não tem direito nenhum de mandar na minha vida, seu babaca.
— Faz a porra que você quiser, Morgana, mas me respeite, porque eu sou o seu marido e dou a última palavra dentro dessa casa, entendeu? — Apontou o dedo na minha direção.
— Vai dar a última palavra no inferno, porque eu não vou obedecer um babaca você! — Falei mais alto e ele deu um passo na minha direção.
— Você está me tirando do sério, Morgana!
— Vai fazer o quê? Me bater? — Cruzei os braços. — Então bate, idiota! Eu não espero mais nada vindo de você.
— Eu não vou te bater, porque não sou tão idiota a esse ponto. — Parou frente a mim. — Mas saiba que as coisas vão mudar nessa casa, porque eu não vou tolerar mulher mal educada e estúpida!
— Me erra, Benjamin! — O empurrei e ele segurou meu pulso com força.
— Você vai me obedecer, sim, Morgana! Ou eu vou perder a cabeça contigo e acabo fazendo o que eu não quero. — Apertou meus pulsos com força.
— Me solta, está me machucando. — Resmunguei e ele apertou com mais força.
— Eu solto! — Apertou com mais força e soltou, me empurrando. — Você não me conhece, Morgana! — Apontou o dedo na minha cara e saiu na direção do banheiro.
Me abaixei no chão, me encostando na cama. Chorei baixinho e passei a mão pelos meus pulsos. Estavam vermelhos e doíam muito.

...

A MULHER DO MEU IRMÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora