Capítulo 42

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Capítulo 42

|Luan narrando|

Eu não consegui dormir a noite toda. Fiquei o tempo todo concentrado em planejar a inauguração da minha galeria. Coloquei meus fones de ouvido, liguei uma música bem alta e me inspirei em Morgana pra poder fazer minha logomarca. Seria o desenho perfeito dos seus olhos, dos olhos da minha “musa inspiradora” como ela se chamava e confesso, que ela era realmente minha inspiração nos últimos tempos. Não devia ter brigado com ela, eu sei que ela está assustada e perdida com tudo isso, mas eu só quero protegê-la de todo mundo e de todo o mal que vem ao seu redor.

(...)

Mesmo indo dormir tarde, eu acordei cedo e fui tomar café da manhã, queria tomar sozinho, mas por infelicidade do destino Benjamin estava na mesa.
— Bom dia. — Ele me olhou e eu me sentei à mesa.
— Bom dia. — Forcei um sorriso. — Conversou com Morgana?
— Conversamos, nos acertamos na cama, quer melhor resolução? — Cruzou os braços e eu engoli seco. Não sei o que deu em mim, mas senti uma onda de ciúmes me consumir quando soube que ele e Morgana transaram.
— Que bom, fico feliz por vocês! — Enchi minha xícara de café, pensei duas vezes e me controlei, porque minha vontade era de jogar esse café quente na cara dele.
— Morgana realmente é uma mulher e tanto, faz tempo que não tenho uma noite dessas com ela. — Riu, negando com a cabeça. — Depois te conto mais detalhes, agora preciso ir! — Se levantou da mesa e eu fingi não escutar. — Tenha um bom dia, irmão!
— Digo o mesmo. — Respondi e ele acenou saindo da cozinha.
— Viu? Seu Benjamin e dona Morgana ainda se amam e ninguém vai mudar isso! — Dolores sorriu pra mim e me olhou com desdém.
Saí daquela sala de jantar cuspindo fogo, subi as escadas apressado e vi a porta do quarto de Morgana abrir, ela saiu com a mão na barriga e parecia mais pálida que o normal.
— Eu... eu só quero morrer, Luan! — Escorregou para o chão e eu corri em sua direção.
— Morgana, o que aconteceu? Você tá pálida, fraca! — Passei a mão no seu rosto e ela começou a chorar.
— Eu quero morrer, Luan. — Repetiu, abaixando a cabeça. — Me leva para o hospital, por favor!

...

A MULHER DO MEU IRMÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora