Capítulo 01

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Capítulo 01

|Luan narrando|

Fechei minha última mala e fui guardar algumas coisas minhas que estavam espalhadas pelo quarto.
Passei a mão no cabelo e me olhei no espelho por alguns instantes. Voltar para Nova Iorque não estava nos meus planos, mas seria necessário, ainda mais agora que pretendo lançar mais uma coleção de quadros na minha nova galeria de artes.
— Já vai! — Suspirei, me olhando uma última vez no espelho e saí do banheiro.
A campainha tocou mais uma vez e eu revirei os olhos, abrindo a porta da sala.
— No que posso ajudar? — Perguntei para a loira parada na porta do meu apartamento.
— Não lembra de mim, Luan? — Franziu as sobrancelhas e eu a olhei confuso.
— Não. — Respondi, levantando os ombros.
— Sou a Judith, ficamos noite retrasada naquela boate e...
— Eu estava bêbado, como vou me lembrar de você? — Gesticulei com as mãos e ela abaixou um pouco a cabeça.
— Mas...
— Olha, eu não te conheço, entendeu? Só ficamos, nada mais que isso.
— Você pediu que eu te procurasse aqui, passou seu endereço e seu número. — Me mostrou um papel e eu suspirei, passando a mão na nuca.
— Eu disse que estava bêbado, nada do que eu disse naquela deve ser levado em consideração. — Cruzei os braços. — Agora se me der licença, eu preciso voltar a arrumar minhas coisas, porque vou embora!
— Vai embora? — Murmurou meio incrédula.
— Sim! — Respondi. — Tenha um bom dia! — Fechei a porta antes que ela falasse mais alguma coisa e voltei para o meu quarto.
Eu ainda não entendo o porquê dessas mulheres quererem algo a mais comigo, sempre deixei claro que comigo não existe sentimentos, nada passa de uma transa qualquer com mais uma mulher.
Suspirei outra vez, olhando para o relógio em meu pulso, hora de ir. Fui pegando minhas malas e descendo da cama. Escutei meu celular apitar e tirei o mesmo do bolso. Benjamin havia me enviado um boomerang dele e de sua mulher com a seguinte legenda: “Estamos te esperando, irmão!”. Sorri, olhando para Morgana, eu tinha visto ela uma vez só pessoalmente e posso afirmar que meu irmão é um cara de sorte.

...

A MULHER DO MEU IRMÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora