Capítulo 31

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Capítulo 31

Já fazia quase duas semanas que eu estava na casa de Benjamin. Eu e Morgana nos encontrávamos às escondidas todas as noites. A cada dia ela estava ainda mais desinibida comigo, não se limitava tanto e confesso que estou adorando ela assim. Nossas noites ficaram mais longas, nossas carícias estavam mais quentes e eu já não conseguia passar um dia sem um beijo seu. Sei que isso é errado, sei que é perigoso, mas Morgana me atrai de uma maneira inexplicável. Desde que a vi pela primeira vez nessa casa, eu sabia que tínhamos algo a mais entre nós dois. Não sei se esse lance vai durar, não sei até quando vamos nos permitir assim, não sei se tudo isso tem algum limite, não sei do “nosso” futuro.
— Minha galeria está quase pronta! — Comentei assim que Benjamin se sentou à mesa.
— Já mandei os projetos da publicidade da galeria pra você, gostou? — Me olhou e eu assenti.
— Ficaram perfeitos, Benjamin! Você é incrível no que faz! — Fui sincero e ele sorriu, apertando meu ombro.
— Quero ver. — Morgana murmurou, servindo seu prato.
— Estão em um catálogo com Luan! — Benjamin responde apenas.
— Eu te mostro depois! — Encarei Morgana e ela assentiu, abaixando a cabeça.
Jantamos em um clima descontraído, Benjamin não parava de falar e Morgana estava em silêncio apenas escutando e vez ou outra opinava em algo.
Terminamos de jantar e Morgana saiu atrás de Benjamin pra falar alguma coisa, fui um pouco atrás e mais uma vez presenciei uma cena de grosseria dele com a esposa.
— Eu te pedi pra comprar aquele chocolate quandos saísse da empresa, aquele de avelã que vende perto da galeria do Luan, você comprou? — Morgana murmurou, subindo as escadas.
— Não, Morgana! Você acha que eu tenho tempo pra sair comprando chocolates por aí, porque você quer? Pelo amor de Deus! — Esbravejou e Morgana suspirou em silêncio.
Benjamin estava passando do nível idiota, para o nível babaca, imbecil e mal educado com a própria esposa. Eles entraram no quarto e Morgana fez um sinal dizendo que mais tarde aparecia no meu quarto, aenas assenti e entrei, fechando a porta.
— Se ele não te dá chocolate, eu dou! — Falei pra mim mesmo e abri a gaveta do meu criado-mudo. Eu sei de qual chocolate Morgana estava falando, eu havia comprado duas caixas ontem mesmo, não faz mal eu dar o chocolate a ela e depois comprar outras pra mim.

...

A MULHER DO MEU IRMÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora