Capítulo 23

934 46 0
                                    

Capítulo 23

|Luan narrando|

Fui direto para a galeria, eu estava organizando os últimos detalhes com Miranda, se der tudo certo, mês que vem já faço a inauguração e já começo com meus trabalhos.
— Passou o dia todo cantarolando, tá pegando quem? — Miranda me cutucou e eu ri, negando com a cabeça.
— Ninguém por enquanto. — Menti e ela semicerrou os olhos na minha direção.
— É sério, não estou pegando ninguém!
— Vou fingir que acredito. — Pegou alguns pincéis e colocou na caixa. — Aqui em Nova Iorque tem uma baladinha bacana, vamos?
— Se der certo, eu vou! — Murmurei.
— Antigamente você respondia na hora, aliás, era você quem convidava!
— Ando cansado. — Fechei a caixa de pincéis. — Talvez outro dia!
— Quem é a mulher? — Cruzou os braços e eu ri, revirando os olhos.
— Não tem ninguém, deixa de ser maluca e avoada! — Dei um leve tapa em sua testa e fui caminhando até a saída da galeria.
— Você passou o almoço inteiro olhando no celular, Luan! — Gesticulou com as mãos e eu esperei ela passar pela porta.
— Cuida da sua vida, Mirandinha! — Pisquei pra ela e fechei a porta, tirando a chave do bolso e trancando tudo.
— Essa moça é a que você quer desenhar, né? Ai ai, Luan! — Colocou as mãos na cintura.
— Tchau, Miranda. — Guardei a chave no meu bolso e ela riu alto.
— Ainda vou descobrir quem é a sua próxima vítima! — Ironizou e eu neguei com a cabeça, caminhando até seu carro.
— Me leva até em casa? Não quero ter que pegar táxi. — Me encostei no carro.
— Levo, seu folgado!!
Miranda foi o caminho todo me enchendo de perguntas e eu sempre fazendo o possível pra desviar o assunto. Cheguei em casa antes das sete e não vi o carro de Benjamin, apenas o de Morgana. Ela estava sozinha em casa e isso é um prato cheio pra mim.
— Sozinha? — Fechei a porta da sala e Morgana terminou de descer as escadas.
— Sim, Dolores saiu mais cedo e Tobias acabou o expediente. — Se encostou na parede e eu coloquei minha mochila em cima do sofá. — Mas Benjamin está quase chegando. — Sua voz saiu trêmula quando caminhei em sua direção.
— Mas não chegou ainda! — Apoiei minha mão direita na parede ao seu lado e ela travou o corpo. — Isso significa que podemos aproveitar um pouquinho. — Passei meus lábios no seus.
— Eu acho melhor nã...
Pressionei meus lábios nos seus e Morgana devagar foi subindo as mãos para a minha nuca. Ela abriu um pouco mais sua boca e eu deslizei minha língua sobre a sua. Senti meu corpo ser empurrado quando escutamos o barulho do carro.
— Você é doido! — Sussurrou e eu sorri, selando nossos lábios uma última vez.
Me afastei e fui me sentar no sofá como se nada tivesse acontecido. Escutei a porta ser aberta e Morgana abaixou um pouco a cabeça.
— Boa noite! — Benjamin disse e eu me virei pra ele.
— Boa noite, irmão!

...

A MULHER DO MEU IRMÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora