A MULHER DO MEU IRMÃO

Capítulo 110

Capítulo 110
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Benjamin se aproximou mais e eu senti meu corpo gelar. Ele beijou minha testa e se afastou.
— Me perdoa. — Sussurrou. — Eu não sei onde perdi a cabeça e fiquei assim. — Soluçou baixinho e passou o dorso da mão no nariz. — Eu vou sair da sua vida e do Luan, vou me entregar a polícia e procurar um tratamento. — Deu alguns passos pra trás e eu fiquei em silêncio. — Eu sei que você não vai me perdoar agora, mas espero que com o tempo, você perdoe, só assim vou me sentir em paz com meu coração. — Fungou e me deu às costas.
Benjamin levantou as mãos na altura do peito e os policiais foram em sua direção. O algemaram e ele me olhou uma última vez antes de entrar no camburão.
— Você é maluca! — Miguel desceu do carro e Luan veio me abraçar.
— Você quase me mata do coração, Morgana! — Luan sussurrou e eu o abracei apertado.
— Ela fez o que o coração dela mandou, parem de ser dramáticos! — Vovó esbravejou e eu ri, suspirando aliviada.
Espero que essa confusão tenha acabado e que Benjamin seja sincero em sua mudança. Não sei se um dia consigo perdoá-lo, não sei se consigo apagar tudo que ele fez comigo durante tanto tempo, mas meu coração está em paz e agora tenho absoluta certeza de que vou poder viver tranquila ao lado da minha filha e do homem que eu amo.
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(...)
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Dois meses depois.
Nova Iorque.
— Hoje é o julgamento do Benjamin, você vai? — Luan me olhou e eu neguei, colocando o quadro na parede.
— Não! — Dei de ombros e desci das escadas. — Vida nova, meu amor! — Coloquei as mãos na cintura e olhei para o quadro. — Essa pintura da Madalena vai me matar de amor, você é mesmo um ótimo artista!
— Você e Madalena são minhas melhores inspirações. — Luan me abraçou por trás e beijou meu pescoço.
Eu e Luan voltamos pra Nova Iorque com Madalena e minha família. Eu, Luan e nossa princesa estamos em um apartamento novo próximo da Times Square. Refazendo nossa vida pouco a pouco.
— Olha o quadro novo que eu fiz! — Luan me soltou e mexeu na sua mochila em cima do sofá.
— Um anel? — Franzi o nariz e ele me entregou o quadro. Mexeu na mochila novamente e tirou uma caixinha de lá.
— Faço desenhos se tornarem reais! — Abriu a caixinha e veio até mim. — Esse anel do quadro é um anel de noivado e esse anel aqui... também! — Se ajoelhou e eu o encarei boquiaberta.
— Luan, não brinca comigo! — Coloquei a mão no peito e ele riu, negando com a cabeça.
— Casa comigo, Morgana? Prometo fazer um desenho perfeito do nosso amor!
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