Capítulo 78

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Capítulo 78

O enjôo continuava, mas eu preferi ir na farmácia comprar um remédio que cortava o enjôo do que ir para o hospital.
— Vou te esperar dentro do carro! — Murmurei quando Luan estacionou o carro.
— Certo, não vou demorar! — Tirou o cinto e foi saindo do carro.
Esperei Luan entrar na farmácia e liguei pra minha avó. Eu tinha trocado de número e só ela e Luan tinham esse número novo.
— Oi querida! — Murmurou do outro lado da linha.
— Oi vó, desculpa te acordar, mas queria muito te fazer uma pergunta! — Mordi o lábio inferior.
— Pode perguntar, meu bem!
— Qual remédio pra enjôo é proibido durante a gravidez? — Me encostei melhor no banco.
— Não vou me recordar o nome direitinho, querida, mas se tiver canela, não tome!
— Posso tomar aqueles comuns e fraquinhos, né? Que vem em sachês? — Olhei para a porta da farmácia e Luan estava saindo.
— Sim... Você está grávida, Morgana?
— Nã-não... é que... bem, eu... depois te ligo, vó! — Respondi e finalizei a ligação.
— Tava falando com sua avó? — Luan entrou no carro e eu concordei com a cabeça. — Comprei alguns remédios pra você, quando chegar em casa te explico como usam!
— Está bem! — Me ajeitei no banco e ele ligou o carro.
Luan foi o caminho todo falando sobre remédios caseiros que sua falecida mãe fazia. Comentou de alguns que iam canela e eu senti uma pontada na espinha, como se o medo tomasse conta de mim.
— Quanto remédio! — Suspirei quando Luan tirou dois frascos da sacola e alguns sachês.
— Os sachês são fraquinhos, mas já ajuda e esse da embalagem amarela é o melhor e mais potente! Tira seu enjôo na hora, te causando um alívio.
— Sabor canela? — Franzi o cenho e coloquei o frasco na mesa novamente.
— Sim, por quê? — Levantou os ombros.
— Não gosto de canela! — Suspirei.
— Mas corta o enjôo na hora! — Apoiou as mãos na mesa. — O farmacêutico disse que apenas gestantes que não podem tomar, caso contrário, está liberado!
— Exatamente! — Engoli em seco e ele me olhou confuso. — Prefiro o sachê!
— Você nem está... grávida! — Arregalou os olhos e eu desviei o olhar. — Você está grávida, Morgana?
— Eu não sei, Luan! — Suspirei fundo. — Mas eu não vou arriscar e tomar esse remédio de canela!
— Morgana...
— Não vou! — Peguei um sachê e abri de imediato.
— Você não tomou o a pílula do dia seguinte? — Luan parecia tão aflito quanto eu.
— Eu não me lembro! — Enchi um copo d’água e despejei o pó do sachê ali. — E se eu estiver grávida muda alguma coisa no seu sentimento por mim? — O olhei e ele ficou em silêncio. — Porque se mudar, me avisa que eu faço minhas malas e volto pra minha família.

...

A MULHER DO MEU IRMÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora