"Como se o tempo falasse" - PARTE 1

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"Como se o tempo falasse" é uma música de Liniker e os Caramelows.

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1

- SHOTAAAA!!!

Aizawa sentiu um arrepio ao ouvir o grito do marido. Desceu o mais rapidamente do teto, e gritou para o pupilo:

- Shinso! Vá buscar a Recovery Girl, AGORA!

O adolescente estava com o coração na mão, aquilo não podia significar algo bom. Mas apenas obedeceu, e ia levar a heroína lá o mais rápido possível. Enquanto isso, Aizawa saía em disparada para o outro lado do ginásio, pedindo a todos os panteões divinos que não fosse nada. Ao chegar lá, se deparou com a garota no chão, sendo amparada pelo loiro.

- Hizashi! O que aconteceu?

- Eu não sei, Shota! Eu fui buscar bolas pra ela, estava tudo bem, mas do nada... parece que ela se contorceu de dor e não aguentou.

- Ela se machucou durante o treino.

- NÃO! Estava tudo bem, ela tava praticando teleporte! Nada perigoso como antes. Meu Deus, Sho, essa menina tá congelando - disse o professor, colocando a mão nela.

Shinso corria o mais rápido que suas pernas aguentavam. Ele ia carregar a Recovery Girl de cavalinho, se fosse necessário. O que tinha acontecido? Será que a conversa com Bakugo tinha algo a ver com isso? Não, era pouco provável. A cabeça dele se embolava em mil teorias, enquanto o corpo tratava de pensar um jeito de não cair no chão, ao chegar na porta da enfermaria naquela velocidade. Segurou no batente da porta e abriu de uma vez:

- SHUZENJI-SAN! - gritou o menino, se deparando com a senhorinha que deu um pulinho na cadeira.

- Uh! O que foi, menino? Parece que viu um fantasma!

- Professor... Aizawa! Precisa da senhora no ginásio! Rápido!

- Oh Deuses! Venha. - disse ela, indo por uma portinha nos fundos.

- Shuzenji-san, precisamos ir depressa...

- É por isso que vamos no meu carrinho de emergência, filhinho. Lembre do cinto, tá?

Quando Recovery Girl desceu, Shinso ficou se perguntando se a única razão pra aquela velhinha nunca ter morrido num acidente de carro ou de ataque cardíaco era o fato de que ela podia se dar uns beijinhos na mão e se curar, porque se os exames cardíacos dele estivessem um pouco piores, teria batido as botas. Assim que conseguiu se recuperar, se precipitou ginásio adentro.

A heroína estava examinando Pandora, que estava bem lívida e tremia um pouco, apesar de estar coberta com todos os casacos que os professores puderam achar.

- A pressão dela está muito baixa. Vamos levar a garotinha pra enfermaria. Vou deixá-la em observação, ok? Se ela não melhorar amanhã, não vai pra aula.

- Certo. - disse o professor Yamada, pegando a brasileira no colo.

- Shinso. - chamou Aizawa - Vá para o dormitório.

- Mas sensei... - falou o garoto, com os olhos colados na colega.

- Ela está em boas mãos. Pode ir. Amanhã você poderá visitá-la.

O garoto não parecia nada feliz, mas fechou os punhos, acenou com a cabeça e saiu. Assim que estava fora do ginásio, com a médica e o marido, Aizawa disse:

- Muito estranho...

- Você acha que pode ser relacionado com o último ataque? - perguntou o loiro.

CAIXA DE PANDORA - 1º TOMOOnde histórias criam vida. Descubra agora