"Céu Azul" - PARTE 1

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Oi pessoal! Tudo bem? ^.^

Fiquei MUITO FELIZ com a repercussão das últimas semanas. Tô feliz demais em ver que o nosso AU fez TANTO SUCESSO (não só pelas cenas quentes muito elogiadas) que nasceu HARBINGER, a história da nossa Pandora vilã. Espero que gostem e continuem me dando várias sugestões!

O capítulo de hoje vai ser mais light, mas é ÓBVIO que eu trouxe mais algumas pulguinhas pra colocar atrás da orelha de vocês. Boa leitura!

Espero que gostem da arte da capa. Obrigada eusoufanfiqueira <3

Com amor,

Bia <3

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"Céu Azul" é uma música da incrível Mc Tha.

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1

Pandora caminhava dentro do vestiário, indo à pia para lavar a mão. Assim que terminou, a secou e a levou ao bolso da calça, sentindo o cartão ali. Não fazia a menor ideia do porquê de um herói profissional deixar seu cartão com uma adolescente que o chamou de galinha crescida, mas naquele momento não ia transformar aquilo em um problema. Ela tinha outros à sua frente para lidar.

Acendeu a tela do celular e viu marcando seis da tarde. Caminhou rapidamente para o dormitório, se sentindo menos puta e mais... ansiosa? Era um sentimento que se revirava dentro dela, de saber o que tinha acontecido e, se puder, acertar as coisas. Acertar no sentido de descobrir quem fez e moer essa pessoa tanto na porrada que ela não saberia nem o próprio nome mais, nem o caminho de casa.

Chegou na porta do dormitório, tirou o coturno, calçou suas pantufas e entrou. Dark Shadow a viu entrando e logo foi dizer um oi, seguida de Tokoyami e Shoji. A garota agradeceu a oferta de um controle para jogar Burnout naquele momento, e disse que precisava cuidar de algo e foi andando para o elevador. Fora os dois, não havia mais ninguém na ala comum, e isso meio que lhe causava arrepios. Não era comum a essa hora da noite já estarem todos recolhidos aos seus quartos. Estava achando estranho até ver Mina enfiada na cozinha, com chocolate até nos chifres, e se lembrou do dia dos namorados. Iria lidar com isso em breve também, só não lembrava quando. Iria perguntar a Momo qual era o dia reservado a ela.

A porta do elevador se fechou com um barulhinho, e Dora sacudia tanto a perna que ele chacoalhava três vezes mais que o normal. Assim que a porta se abriu pro quarto andar, disparou para o quarto, fechou a porta atrás de si e, como num fato combinado, a tela do celular dela começou a piscar, tocando "Re:member", anunciando sem dúvidas quem ligava.

A garota ficou tão nervosa que quase derrubou o celular da mão, enquanto com a outra acendia a luz e tropeçava na própria mochila, numa tentativa desastrada de sentar em sua escrivaninha. Quase se jogando na cadeira, sentou de forma desengonçada, mas conseguiu deslizar o dedo sobre a tela e atender. Do outro lado, viu a cara amassada do irmão, acordando como sempre às sete, mesmo que não precisasse ir à escola.

O viu esfregar os olhos e bocejar, então esboçou um sorriso trêmulo, dizendo:

— Bom dia, Nico!

— Uwaaaaah! Bom dia, Dodó!

— Nico, eu... me pe - uh - me perd... doa...

Era isso. Não vieram mais palavras, só as lágrimas e os soluços. Pandora chorava, a testa colada na mesa, pedidos infinitos de desculpas nos murmúrios que saíam da sua boca. Raoni sentiu o coração cortado, com a irmã longe, o medo do dia anterior e a impossibilidade de abraçá-la, e chorou também. Ao ouvir os soluços do irmão, a garota pensou "Dois bocós chorando", e riu pensando na extrema semelhança entre os dois. Levantou os olhos, acariciou a tela e falou:

CAIXA DE PANDORA - 1º TOMOOnde histórias criam vida. Descubra agora