"Canção Noturna" - PARTE 3

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Deku estava com o coração acelerado. Segurou suas mãos dentro do elevador, como se dando a ele uma segurança extra. Ele imaginava que Kacchan não seria horrível novamente, mas não sabia exatamente o que ele queria. Será que tinha feito algo de errado e que o garoto não tinha gostado? Ou será que ele estava frustrado novamente e iam sair no soco sem perder a amizade? Se fosse esse o caso era melhor deixar pro dia seguinte que tinha aula no ginásio, pra que no pegassem uma nova detenção. A porta do elevador fez um barulho e ele logo afastou aqueles pensamentos, pra pensar no que viria adiante.

Bakugo, por sua vez, terminou de ajudar os colegas na organização da ala comum e subiu as escadas devagar. Em um dos bolsos da calça, colocou o saco com presentes que tinha ganhado de Pandora e no outro, o presente de Deku.

- Aquela maldita boneca de vudu... agora vou ter que arrumar um presente pra ela! - pensou, irritado e com vergonha - O que eu vou comprar pra uma mulher tão estranha?!

Rosnando, com os dentes à mostra, ele pensava em como sua vida tinha virado de cabeça pra baixo desde a chegada da garota. Talvez, ela tivesse apenas adiantado o inevitável e as coisas fatalmente fossem tomar o rumo que tomaram. Uma coisa ele havia aceitado: fazer com que ele tentasse melhorar antes de perder as pessoas que eram mais importantes pra ele de vez foi muito benéfico, e por mais que ele não quisesse dar o braço a torcer, a garota de 1,50m tinha chegado à escola e batido de frente com ele à altura desde a primeira vez que conversaram.

Ele esperava realmente que em algum momento, o orgulho o abandonasse o suficiente para admitir pra ela que aquilo foi necessário e construtivo. E que ele agradecia por ela ter dado forças pra Deku tomar as atitudes que tomou com relação a ele. Virou a esquina do corredor e andou até a porta do quarto do garoto. Parou por lá e esperou um minuto, que pareceu uma eternidade, até ver a porta do elevador se abrindo e o menino de cabelos verdes saindo de dentro dele.

- Desculpe a demora, Kacchan.

- Tch... achei que você viria direto, nerd.

- Eu... tive que fazer algo antes. Mas o que aconteceu?

Bakugo cobriu o rosto com o antebraço e esticou para Deku um envelope.

- Espere eu sair daqui e não mostre para ninguém, ouviu?!

- Certo!

Assim que o loiro decidiu passar por ele pra ir embora, sorriu e disse:

- Feliz Natal, Kacchan!

- Fe-feliz natal, Deku. - disse, hesitante.

Midoriya então abriu a porta do quarto, a fechou atrás de si e foi pra cama como estava. A curiosidade o devorava por dentro. Sentou na cama e colocou a carta contra a luz, cortando com cuidado o envelope. Tirou de lá uma folha de caderno, com a caligrafia distinta de Kacchan, sempre firme e longilínea, virou de barriga pra cima e leu:

CAIXA DE PANDORA - 1º TOMOOnde histórias criam vida. Descubra agora