"A Mão que Aponta" - PARTE 1

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Olá, gente linda. Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Finalmente Shin-chan se declarou pra Dora, né? Eu tava aflita com esse menino não falando nada. Mas as pessoas têm tempos diferentes, e que bom que os amigos ajudaram ele a entender que  era melhor falar do que não falar (Kacchan, estamos olhando pra você).

Espero que gostem do capítulo de hoje, que vem com um bocadinho de emoção, preparando a gente para a entrada dos últimos dias que a nossa heroína avisou ter no Japão. Boa leitura, obrigada por tudo!

Beijos,

Bia <3

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"A mão que aponta" é uma música da deusa Karol Conka.

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1


[Anos atrás]

Cristiano tinha pressa. Apesar do coração mole, dentro do ginásio dentro d'A Aldeia, ele era o instrutor. E como seus instrutores, ele não pegaria leve. O treino físico já era exaustivo por si só, uma vez que o marido e a esposa não davam à pequena um minuto de sossego também. Não dariam por anos, pois não sabiam quando, como ou se mais uma individualidade apareceria.

Como herói de suporte, ele tinha pressa. De passar o que havia aprendido esses anos todos da melhor forma que pudesse, para ela. A menina era curiosa, inteligente e sagaz, apesar da cabeça dura. Aquele dia, a aula não envolveria chutes, acrobacias, técnicas para se esconder ou se esgueirar em lugares (o que pra ela era vantagem, com sua baixa estatura). Ligou o notebook e a televisão, e percebeu o movimento inquieto, apesar do silêncio. "Sempre obediente". Sua filha era uma boa criança. Por que justo com ela? Não interessava. Ele precisava dar condições para que se defendesse. Se agachou até olhar nos olhos da menina, segurou uma das mãozinhas e passou a outra pelos cabelos pretos:

— Dodó, preciso que preste muita atenção.

Recebeu um aceno enérgico de cabeça, em sinal afirmativo.

— Eu e você temos uma individualidade muito perigosa.

Viu ela desviar o olhar, sinal de quem já sofreu preconceito por causa disso. Por essa e outras que tinha optado por demonstrar apenas a mesma individualidade que a mãe.

— As pessoas têm medo que nós possamos entrar na mente delas. E elas têm razão, porque nós podemos.

— Mas papai, eu só consigo se me responderem. - protestou.

— Um dia, você vai poder. E eu sei que só vai fazer isso quando precisar, porque você é uma heroína. Vai usar para salvar pessoas. E pode usar para SE salvar também. E eu sei, querida, que você é forte. Você é forte no corpo todo, principalmente no cérebro. Às vezes não vai poder contar com sua força física ou suas outras individualidades, então vai ser só com ele e seu coração que poderá contar. E assim como eu ensinei a você a se infiltrar em sigilo nos lugares, a analisar os inimigos, a planejar seus ataques e a ter reflexos rápidos, vou ensinar você como ler as informações mais finas dos seus adversários e a se infiltrar silenciosamente na mente das pessoas.

💆🏻‍♂️

Jirou viu a colega caminhar pro banco e se virou novamente para Momo, parada ao seu lado. Achava encantador quando ela começava a escolher acessórios em lugares que não eram de alto luxo, parecia um gato com um novelo de lã. Mexia em tudo, por todos os lados, e quando menos se esperasse, ela estaria coberta de anéis e pulseiras, parecendo uma manequim de vitrine.

CAIXA DE PANDORA - 1º TOMOOnde histórias criam vida. Descubra agora