CAIXA DE PANDORA - 1º TOMO

"Amigos Para Sempre" - PARTE 2

3

Pandora puxou o amigo para um canto do ginásio, enquanto o treino continuava. De longe, alguns dos colegas os observavam, ainda um tanto confusos.

- Eu tô meio sem entender ainda o que aconteceu. - comentou Kirishima, coçando a cabeça.

- Eu também, bro. - disse Tetsu, fazendo o mesmo gesto.

- Naquele primeiro momento da luta dos dois, Aizawa sensei disse que eles se conheciam, não foi? - disse Deku.

- Sim. Aparentemente foi isso que deu a Pandora vantagem no primeiro movimento. - respondeu Todoroki.

- Foi muito rápido mesmo. Eu adoro como ela se move! - comentou Kendo.

- Como ele se chama mesmo, Kendo-san? - perguntou Shinso.

- Alex. Alex Martins.

- Esse não é... a pessoa que ela chama de Starlight? - comentou o menino de olhos roxos.

- Aquele amigo que ela sempre fala? - respondeu Deku.

- Uh?! O pisca pisca é o cara que quebrou o nariz dum idiota numa festa que eles foram? - disse Bakugo.

- WOAH! Ele mesmo! - disse o ruivo.

- Nossa, imagina qual a probabilidade de eles se reencontrarem aqui. Hm... - disse Midoriya, pensativo.

- Peraí, o Martins QUEBROU O NARIZ DE UM CARA? - disse o menino metalizado, espantado.

- Por que o espanto, Tetsutetsu? - perguntou o menino bicolor.

- Uhm... Martins-san é uma pessoa que não agrediu nem o Monoma ainda. Ele é MUITO CALMO. Jamais imaginaria que ele fizesse algo assim. O que aconteceu?

- Sim! Eu acreditaria MUITO se falasse que foi a Pandy, mas o Martins...?

- Tch, o imbecil mereceu, essa é a história. Hey, quente-frio, presta atenção que o seu treino é o próximo. - disse o loiro, com um grunhido.

A alguns metros dali, Pandora se jogava no chão, enquanto Alex se sentava calmamente, vendo se o chão estava sujo ou não. Limpou os olhos debaixo dos óculos e os tirou, pra limpar as lágrimas na lente. Se virou pra garota sentada de pernas cruzadas e disse:

- Bom, tá meio difícil de saber por onde começar a perguntar as coisas, vou começar com a pergunta mais fácil.

- Ok. - respondeu a garota, super atenta.

- ... QUE MERDA FOI AQUELA!? COMO ASSIM, CÊ É TIPO, SEI LÁ, A KORRA AGORA?!

Pandora deu um berro e colocou a mão em cima da boca em seguida. Já tinha tomado suspensão uma vez, não queria ver Aizawa bravo de novo.

- Tá. Pffft! Ok. É... mais ou menos. Resumindo: eu sou resultado de engenharia genética, eu fui LITERALMENTE feita em laboratório. Só que o cara que me fez é tipo, um cara muito foda em misturar DNA e individualidades então... eu tenho todas dos meus pais e mais algumas.

- O... kay. São quantas?

- Por enquanto cinco.

- POR ENQUANTO?! - gritou o menino.

- Shhhh! - disse ela, tentando puxar ele pra perto de si, pra falar mais baixo - Sim, por enquanto porque algumas delas despertaram de forma tardia. Eu espero que tenham acabado. E como era super bizarro alguém com mais de uma individualidade no Brasil, meus pais me ensinaram que eu não devia contar a ninguém fora da família sobre isso.