[25.2]

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A equipe estava quase toda trocada, Marianne estava aguardando a minha conversa com Nick acabar para me passar algumas informações e ser liberada. Eu dei um pouco de atenção a ela enquanto preparava o nosso café na máquina, e Jackson surgiu ao nosso lado.

— Annie, eu também estou indo.

— Certo Jack, obrigada por seu trabalho.

— Este é o café da paz? – ele perguntou e trocou olhares com Marianne.

— Quase isso. Decidi vir preparar antes que nós entrássemos em nova discussão.

— E como está sendo a conversa? – Marianne perguntou-me.

— Ele está me surpreendendo positivamente por enquanto. Mas, vão logo... Não precisam esperar eu acabar para baterem seu ponto.

— Annie... O Charles, ele ficou interessado, mas como você está ocupada, pode pensar em um horário na sua agenda para recebê-lo?

— Claro Jack! Obrigada por ver isso.

— Imagine Annie! Eu estou indo, ok?

Jackson e Marianne se despediram e saíram juntos, e antes que eu terminasse de preparar a bandeja com as xícaras, Jack olhou para trás e cruzamos olhares. Acenei gentil, e ele me encarou docemente e sorriu. Provavelmente, aquele olhar doce e sua expressão preocupada, eram uma tentativa de me passar confiança à conversa tão importante que eu estava tendo com o Nick.

Chegando à porta do escritório, abri-a com um pouco de dificuldade, e Nicholas se pôs a me ajudar. Ele levantou apressado e alcançou a bandeja em minhas mãos. Levou-as a mesa de centro, e juntos bebemos o café ainda constrangidos pelo rumo que a conversa levava anteriormente.

— Annie, eu... Eu quero ficar com a Louis na semana que vem, tem algum problema?

— Nick, mas nós combinamos há pouco que você iria acompanhar a rotina dela...

— Annie calma... – ele me interrompeu — Eu só quero que ela durma lá em casa por um ou dois dias.

— Tá... Tá... – falei em tom de preocupação e Nick percebeu.

— Eu não vou tentar lhe tirar a Louis se é disso que tem medo, Annie...

— Eu sei que você não faria isso.

— Não faria nada para te prejudicar, confie em mim. E também...

Nick aproximou-se um pouco mais colocando o dedo indicador na lateral de meu rosto:

— Você sabe que se eu puder... Eu quero muito voltar com você.

— Nicholas não misture as coisas de novo. – afastei-o com a mão em seu peito, mas Nick segurou-a firme em seu corpo.

As nossas respirações estavam próximas demais e eu não consegui tirar os olhos do olhar penetrante que ele me lançava. Pouco a pouco a expressão suave de Nicholas foi dando espaço para um sorriso sedutor. Eu não percebi em que momento ele havia deixado sua xícara sobre a mesinha, mas consegui resistir ao seu toque.

Aquele toque firme em minha cintura, a mão que segurava e apertava a minha ao seu peito, e os olhos hipnotizantes fixos nos meus. Foi no vacilar de seus olhos para meus lábios, que eu me dei conta de que estava quase cedendo. Remexi meu corpo em direção à mesinha onde eu pousei minha xícara também, com paciência, com minha mão livre direcionei-a a soltar a outra, presa pela mão dele. E Nicholas suspirou desanimado ao me ver desvencilhando a nossa proximidade. Ele não demonstrou nenhum tipo de resistência ao meu afastamento.

— Por favor Nick... Não faça esse jogo... Nós precisamos nos entender, de verdade.

— Eu sei. Eu só não consigo ficar tão perto assim.

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