15. Tereza

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Mesmo que por vezes sentisse que sua presença não era bem-vinda, Viorica desfrutava da companhia dos frutos daquela família

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Mesmo que por vezes sentisse que sua presença não era bem-vinda, Viorica desfrutava da companhia dos frutos daquela família. Além disso, quem tinha problemas com ela era Honda que, por algum milagre divino, sorria ao conversar com o marido em um canto.

As noites com a fogueira eram as melhores. Pelo menos uma vez ao mês, Tron lançava fogo nas toras de madeira que colhia esporadicamente.

A trepidação das chamas parecia tocar os céus e toda a família reunia-se em volta do calor confortável do fogaréu.

Viorica rodou um copo em mãos - o rum caseiro de Alaric que nunca falhava desceu queimando por sua garganta.

Talvez por isso Honda sorria, ela pensou. Assim como Tron. E Ginevra e Azriel. Alaric também. Nada como um copo cheio de álcool destilado para levantar os ânimos da família que parecia entrar em crise horas antes.

Viorica olhou para o céu. Não tinha noção das horas. Sabia apenas que a noite recém anunciada pela presença de Marama sobre suas cabeças significava que logo o toque de recolher a prenderia ali.

- Minha mãe vai me matar. - A garota cruzou as pernas e ergueu as sobrancelhas, sentada em um dos degraus da área externa da casa dos sogros.

- Não parece preocupada. - Alaric riu, sentando-se ao seu lado com uma garrafa marrom em mãos.

- Não estou. Amanhã eu fico, mas hoje... - Viorica deu de ombros e encarou seu namorado banhado pela luz das chamas. - Hoje eu quero só ficar com você...

- Está bêbada, Vio. - Alaric, mais resistente que ela, riu da baixa resistência da namorada para bebidas.

- Estou mesmo. - Ela cochichou, como se lhe contasse um segredo aos ouvidos.

Alaric sorriu e roubou-lhe um beijo. O homem quase esqueceu-se do drama familiar, recordando-se apenas ao ver Kohan voltar para o quintal da casa após um longo dia fora - sozinho.

 O homem quase esqueceu-se do drama familiar, recordando-se apenas ao ver Kohan voltar para o quintal da casa após um longo dia fora - sozinho

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- Onde ela está? - Ginevra passou as mãos por uma das pernas, afastando os insetos que a rondavam. Sua saia arroxeada e comprida deixou suas canelas à mostra quando ela cruzou-as.

Chamas de Petrichor {trilogia}Onde histórias criam vida. Descubra agora