Antes de desfalecer, o general encontrou os olhos de Azura, da garota cujo punhal agora atravessava-lhe a têmpora.
Seus olhos arregalados perderam a vida em segundos, instaurando a desordem por todo o Campo.
Um dos soldados que segurava Marin jogou a mulher no chão, tirando a espada do coldre e despejando um golpe certeiro em seu pescoço antes mesmo que a mulher pudesse tentar se levantar.
O grito que saiu da garganta de Vera foi trucidante ao ver a cabeça da irmã rolar para longe do corpo. Os olhos de Marin estavam abertos, olhando para ela.
- Não! - Azura gritou, tarde demais.
Um dos soldados focou sua atenção na garota de olhos cinzentos, a que acabara de matar seu general. Com sangue nos olhos ele correu até ela, mas algo o impediu de chegar ao destino.
O Velho Nero o alcançou primeiro, torcendo-lhe o pescoço por trás, fazendo-o sucumbir à morte.
Nero trocou olhares com a filha antes de perceberem o que tinham começado - o pacífico povo de Petrichor, os ritualistas, agricultores e ordeiros se levantaram contra a autoridade maior, contra aquela injustiça e aquele derramamento de sangue em pleno dia sagrado, partindo com o que encontraram ao alcance para cima dos soldados imperiais.
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Chamas de Petrichor {trilogia}
FantasyEra curta a lista dos medos que afligiam a pequena garotinha de olhos cinzentos. Primeiro, Azura não gostava do escuro. Ela era nascida de Petrichor, descendente de Sonca e Marama, os deuses do Sol e da Lua. Qualquer ausência de luz causava-lhe um p...