24. Badalar do Sino

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Tudo que Azura queria era fugir

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Tudo que Azura queria era fugir.

Não de Arande, não da família que a acolhera, mas da dor latente que fragmentara seu coração, ainda tão recente. Entretanto, ela parecia persegui-la.

Escondida em uma das escuras vielas de Arande, Azura viu quando eles chegaram à praça central. Aqueles mesmos soldados que tiraram a vida de seu pai, de Ava, de Arin, de Petrichor. Seu estômago embrulhou. Tudo o que a petrichoriana queria era tirar também a vida de um por um, não importavam quantos fossem.

Com uma das mãos ela apertou o xale vermelho enrolado no pescoço, o qual não ousava separar-se. Com a outra, tirou a adaga escondida na calça.

Entretanto, sentiu mãos delicadas e geladas segurarem em seu punho.

Ela olhou para trás. Viorica olhava sobre ela, para os soldados no centro.

- O que foi? - ela ouviu a voz de Alaric indagar.

- Há alguma coisa diferente... - a garota pronunciou.

Azura guardou a adaga e observou.

Os soldados desceram um a um de seus cavalos. Um deles, o que parecia liderar aquela breve expedição à Arande, aproximou-se da catedral. Azura viu quando ele bateu à majestosa porta do lugar. O som ecoou até os ouvidos dos três, escondidos ali.

Um homem abriu a porta, vestido com trajes de dormir. Azura reconheceu como o xamã, a figura mais importante daquelas terras.

Trocaram poucas palavras, o soldado e o xamã. O segundo recolheu-se após pouco tempo de conversa, mas deixou a porta aberta.

- Mas que merda...? - Viorica indagou.

Para respondê-la, o som ensurdecedor do badalar do grande sino da catedral chegara aos ouvidos dos três - e de toda Arande.

- O que significa? - Azura gritou para os dois por entre o barulho.

Viorica suspirou, parecendo aliviada. Seus olhos arregalados, no entanto, a contradiziam.

- Quer dizer que todos devemos ir para as ruas.

- Quer dizer que todos devemos ir para as ruas

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Chamas de Petrichor {trilogia}Onde histórias criam vida. Descubra agora