Capítulo 95

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– ᆤᆤᆤᆤᆤPOV MATT.

Nora agora sabia e entendia tudo que eu fiz, e com isso um peso enorme estava fora das minhas costas, mas agora eu tinha um desafio na minha frente, enfrentar Kevin com um gravador escondido... Fazê-lo confessar, e colocá-lo onde ele deveria esta á muito tempo, desde quando eu matei meu pai.

Assim que abri o portão da garagem notei algo estranho, a escuridão tomava conta da casa, nem as luzes do jardim estavam acesas. Aquilo estava cheirando merda, e das grandes. Sai lentamente do carro e contornei a casa pelos fundos. Com o canto do olho vi uma arma pousada em cima do balcão da cozinha e ouvi passos dentro da casa.

O filho da puta agora tinha resolvido me matar?

Voltei para o carro e peguei minha arma recém adquirida no porta-luvas e caminhei até a porta da frente.
Assim que abri me movi para o canto e tateei o interruptor, mas a casa estava sem energia. Eu teria que subir as escadas no risco.

Empunhei a arma na minha frente enquanto subia as escadas. Eu não ouvia mais as vozes, agora estava tudo em silêncio total. Podia ouvir meu próprio batimento cardíaco.
Abri lentamente a porta do quarto de Kevin e depois tudo aconteceu como um flash. Vários homens gritavam para eu colocar as mãos na cabeça, dizendo ser do FBI.

Eu simplesmente não conseguia abaixar minha arma e processar tudo, Kevin estava sentado no canto da parede segurado os joelhos como uma criatura totalmente indefesa, mas com vários hematomas roxos por todo o corpo, como se ele tivesse sido arrastado por um trem.
E de repente eu entendi tudo, ele descobriu que eu fora ver Nora, e deu um jeito de me tirar do caminho me incriminando.
Deixei a arma cair e estava tudo nebuloso, eu ouvia as vozes longe enquanto era algemado.

– Você tem direito de ficar calado, tudo que disser poderá e vai ser usado contra você no tribunal.

– Fui empurrado pra fora por agentes federais, mas antes virei pra Kevin que tinha um sorriso vitorioso no rosto.

– Porque? – foi a única coisa que consegui dizer.

– É mais fácil assim com você longe

– Fácil pra que?

– Para pega-la.

Foi a última coisa que ouvi ele pronunciar, meu coração bateu descompassado. Ele iria tentar alguma contra Nora. Para isso havia me prendido.

Comecei a me debater, querendo me soltar dos agentes gritando.

– Me soltem, ele é o criminoso! – mas acabei levando uma coronhada na cabeça e perdendo os sentidos.

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