Capítulo 66

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No dia seguinte tive alta do hospital, meus pais ficaram comigo até eu ir para o hotel e logo depois foram embora. Matt não desgrudava nem por um minuto. Estava adorando ser paparicada. As revistas só falavam do nosso namoro, tinha até fã-clube. Eu nunca tinha vivido uma fama como essa. Sendo resultado ou não de um filme muito esperado pelos fãs.

Voltei ao trabalho, para a gravação das últimas cenas, eu e Matt estávamos numa núvem só nossa. Demonstrando a todo minuto como nos amávamos. No fim da semana, já havíamos terminado de gravar e eu estava arrumando minha mala para voltar a Califórnia.

– Nora... Você está bem com essa situação?

– Ah claro, eu nunca morei com um cara, até que vai ser legal. – Me virei pra Matt que me encarava com um sorriso – Mas meu apartamento é pequeno. Só tem um quarto.

Ele se aproximou de mim, passando as mãos em volta da minha cintura.

– Vamos ser forçados a dormir juntos?

– Não. Acho que você vai ficar com sofá.

– Ah garota má – Ele disse chupando meu lábio inferior.

Terminamos de fazer as malas e fomos para o aeroporto. O tempo definitivamente não estava bom. Chovia muito. E minha crise de pânico aumentava, ao saber que o avião ia decolar mesmo assim.

– Nora tudo bem? – ele disse olhando pra mim.

– O tempo não está bom né? Melhor remarcarmos a passagem.

– Perdermos nossas reservas no hotel, e acredito que seja difícil conseguir outro.

– Vamos ficar aqui no aeroporto então. – Ele olhou pra mim sério ainda.

– Nora, o que foi? Tem alguma coisa a ver com seu sonho?

ᆤᆤᆤᆤᆤ"ULTIMA CHAMADA PARA VÔOU 395 LOS ANGELES."

Eu não queria falar sobre meus pesadelos. Não antes de entrar num avião. Respirei fundo, segurei sua mão e o puxei para o avião, ignorando sua pergunta. Nos instalamos em nossos assentos e eu apertei meu cinto o máximo que pude e depois apertei o de Matt também. Eu estava com pressentimento ruim. Meu corpo irradiava calafrios por todos os lados. Da mesma maneira que eu estava quando entrei no avião com a minha irmã. A comissária de bordo, começou a passar as informações de segurança e minha respiração foi acelerando. Logo o avião deu um tranco e estava no ar. Olhei ao redor, havia poucos passageiros. Muita gente devia ter desistido.

Assim que estávamos no ar, fui relaxando.

– Nora, por que tem tanto pavor de avião?

– Agora não Matt – Mas ele parecia decidido e continuou me olhando, não aceitando aquela resposta.

A alguns anos atrás eu estava indo visitar Paris pela primeira vez com a minha irmã mais velha. Então houve uma tempestade. Os aparelhos do avião falharam... – Senti o choro na garganta – Ela se soltou do cinto para colocar o paraquedas em mim, quando o avião atingiu uma montanha quebrando no meio. E ela foi sugada pela velocidade do vento, caindo num maior violento. Mas antes de cair ela gritou desesperadamente pra eu ajuda-la. Mas.

Dance pra mimOnde histórias criam vida. Descubra agora