Capítulo 59

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Ele me acompanhou até o quarto e lá estava Nora. Pálida como leite, respirando por aparelho, conectada a um bip. A Mulher forte e confiante, agora estava ali deitada diante de mim, tão frágil como uma criança. Finalmente deixei as lágrimas escaparem pelo meus olhos, quando toquei seu rosto. Parecia que o chão tinha sumido debaixo dos meus pés. Encarei seu rosto, tentando assimilar o que sentir primeiro. E saber que eu era o culpado por ela estar dessa maneira. Que eu havia trazido Kevin para a vida dela. Desde que me conheceu, só tenho causado dor e sofrimento. A segunda tentativa de morte que acontecia. Até quando eu iria esperar antes de Kevin realmente conseguir mata-la? Isso não era justo. Todos tínhamos o direito de ser felizes. Nora era minha felicidade. Mas talvez eu não estivesse sendo a dela...

Sentei na cadeira ao lado da cama, segurei sua mão.

– Meu amor por favor, você precisa voltar. O que eu daria pra estar no seu lugar. - coloquei sua mão no meu rosto e então eu me deixei chorar, liberando toda a dor que eu sentia naquele momento. Um pequeno filme de nós dois começou a passar pela minha cabeça (Link nas notas finais). Não o nosso tempo não podia ser tão curto.

Acordei no meio da manhã com alguém tocando meus ombros. Havia dormido com a cabeça na cama, segurando a mão de Nora. Olhei para trás e era o pai dela.

– Senhor... - Minha voz saiu entrecortada.

– O que aconteceu rapaz? - Peter não parecia um agente do FBI, nesse momento ele era um pai. A expressão cansada, revelava que ele pegou o primeiro voou de N.Y. para Atlanta. E ao ver sua filha ali daquela forma, seus olhos encheram de lágrimas. Tive conter um nó na garganta, para não chorar junto. Contei a ele o que aconteceu.

– Mas como ela teria sido envenenada? Você checou o quarto antes de sair? havia alguma coisa fora do lugar?

Forcei minha mente, tentando reconstruir o cenário que me deixou paralisado.

– Ao passarmos pela cozinha, eu notei que a garrafa de água estava caída sob o carpete. Mas queria acompanhar Nora, então não parei verificar.

Peter pegou o telefone e parece que encaminhou alguns agentes ao quarto.

– Se aquele filho da mãe envenenou minha filha. Dessa vez ele não escapa!

– Me desculpe... Eu sei que eu sou a causa de tudo isso - Abaixei os olhos sem conseguir olhar diretamente pra ele.

– Rapaz, eu nunca vi os olhos da minha filha, brilharem tanto quando ela falava seu nome. Acho que mesmo que você quisesse desistir dela, ela não desistiria de você. Vou avisar a mãe dela agora. Você pode ir pra casa descansar.

– Não Senhor, eu não vou sair do lado dela. - Peter abaixou a cabeça e saiu porta a fora .

Dance pra mimOnde histórias criam vida. Descubra agora