Capítulo 78 - NÃO IMPORTA, EU AINDA O AMO.

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– Oii gato - ela disse me dando um beijo rápido e se sentando - Nossa que foi? aconteceu alguma coisa?

Abaixei a cabeça tentando encontrar as palavras certas. Minha vontade era de jogar a verdade na mesa e ouvir que iriamos dar um jeito, mas que ela me queria ao seu lado. Mas eu sabia quem ganharia entre eu e sua mãe.

– Nós precisamos conversar - Sua expressão se alterou para preocupada - Essa tarde aconteceu algo...
MERDA! EU NÃO QUERIA FAZER ISSO COM ELA, NÃO QUERIA QUE ELA SE SENTISSE USADA.

– Matt o que aconteceu? Está tudo bem? - Sua mão pousou sobre a minha e o aperto em meu peito se intensificou.

– Nora.. eu... eu... me perdoe...

– Perdoar? pelo o que? diz o que está acontecendo .
Abaixei a cabeça sem conseguir fitar seus olhos.

– Essa tarde ao invés de ir visitar minha mãe, fui ver Kevin...

– Matt eu te disse pra não fazer isso, em algum momento ele vai pagar!

– Não Nora... Aconteceu algo que eu não esperava - De imediato ela percebeu e tirou as mãos de mim, seus olhos encheram de lágrimas, mas eu não podia olha-la, ou eu desistira de tudo.

– Você não fez isso... - Sua voz saiu como um fio.

– Aconteceu Nora, tanto tempo junto a atração... continua a mesma.
Lágrimas desceram pelos seus olhos e ela me olhava como se eu tivesse sido a maior decepção da vida dela.

– Ele matou seu pai. Por Deus como pode dormir com ele?

– Ele jurou pra mim que é inocente. E eu acredito nele, ele não seria capaz. E quanto a nós... ele só estava tentando me ter de volta.
Ela se levantou bruscamente, apoiando na mesa e eu podia ver o seu sofrimento. E eu havia colocado a máscara, que não deixava transparecer qualquer dor

– Se você fez isso realmente, vocês dois se merecem - Ela se abaixou ficando bem perto dos meus lábios e eu tive que mostrar indiferença - Nunca, Nunca mais volte a me procurar.

E ela virou as costas saindo a passos rápidos, e nesse momento deixei as lágrimas tomarem conta dos meus olhos. Levantei e caminhei em direção ao carro de Kevin, batendo a porta.

– Você fez o melhor pra ela, acredite - Ele deu um telefone e disse "pode solta-la" e logo depois arrancou com o carro.
Segui em silêncio até a casa e minhas malas já estavam lá. Ele deveria deduzir que eu optaria pela vida de Kate.


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