Virava de um lado pro outro na cama, sem conseguir dormir. Inúmeros pensamentos passavam pela minha cabeça. De repente ouvi um barulho vindo da porta. Imaginei ser Matt por alguns instantes, mas ele usaria a porta conjugada. Os passos eram de alguém que estava invadindo. Respirei fundo e saí da cama sem fazer nenhum barulho. A pessoa estava se aproximando da minha suíte.
Achei que nunca ia precisar disso. Pensei enquanto entrava dentro do closet, pegando minha arma. Me posicionei atrás da porta, apontando a arma, pra quem fosse abrir.
É papai pra alguma o senhor me serviu. Agradeci em pensamento, pelo treinamento com Armas. Ouvi a pessoa revirar meu quarto impaciente. Até que seus passos vieram em direção ao closet. Pronto minha calma desapareceu. Digitei uma mensagem rápida no celular, antes de desliga-lo.Ele girou a maçaneta e a porta se abriu devagar. Segurei firme minha arma nas mãos. E assim que ele entrou, acendi a luz e bati a porta. Seu rosto estava coberto com uma meia preta, e ele também estava armado. Mas com uma desvantagem. Ele estava de costas pra mim, e eu apontava a arma pra sua nuca.– Me diz quem é você?! – Ele não respondeu permanecendo imóvel. Peguei a arma da sua mão e a fechei no cofre. – Você quer que eu atire?
Mas o homem nada falou. Pressionei a ponta fria da arma na sua nuca, e me preparei para tirar a meia que acobertava sua identidade. Mas num gesto rápido. O homem me atingiu com o cotovelo, e eu cai. Desferindo em seguida um chute no meu rosto, e eu gritei de dor e agonia. Um grito visceral, que provavelmente o andar inteiro ouviu, e lá estava minha boca sangrando. Apontei a arma pra ele novamente, agora decidida a puxar o gatilho. Mas antes que eu pudesse, o homem saiu pela porta correndo. Me levantei apenas de baby dool vermelho e fui atrás. No escuro era tudo muito mais difícil. Ouvi a porta principal se abrir e corri até ela. Desci as escadas para chegar antes dele. Cheguei no saguão e todos ficaram me olhando, com o rosto sangrando, de baby dol e uma arma na mão.
– A Srta. Está bem? – O gerente se aproximou olhando pra mim e pra minha arma.
– EU PAREÇO BEM? ALGUÉM INVADIU MEU QUARTO! COMO ISSO É POSSÍVEL? QUEM DEU A CHAVE? NINGUÉM ESTÁ OLHANDO AS CÂMERAS? PELO AMOR DE DEUS!!
Os seguranças e os gerentes pareceram estáticos.
– Vocês, vão até o quarto da Srta. Miller, e você chama uma ambulância.
Então vários homens com a jaqueta do FBI entraram pela porta. E no meio deles, estava meu pai.
Nora!!! – ele correu até mim e me abraçou. Já fazia anos que não nos falávamos, mas na hora de escrever a mensagem, pensei nele. A agência dele era em Nova York. Mas sabia que ele estava trabalhando em um caso aqui.
Ele me soltou, investigando cada ponto do meu rosto, vendo todo aquele sangue saindo da minha boca. O gerente me estendeu um lenço. Completamente sem graça.
– Eu fico com isso – Ele pegou a arma que ele mesmo me deu e colocou na cintura.
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Dance pra mim
RomanceMathews era absolutamente resolvido sobre ser gay. Mas vê tudo isso desabar quando conhece Nora. Sempre que está com ela, tudo que consegue pensar é em rasgar toda a sua roupa e fodê-la seja onde estiver. Ele era casado e sabia que amava seu parceir...