Capítulo 69

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Era um homem sem pele, somente com a carne exposta. Mas olhando seu porto físico. Não parecia Matt. Respirei fundo de alivio. Eu iria encontra-lo. E ele estaria vivo para sairmos dessa juntos. Estou considerando a ideia de nunca mais colocar os pés em um avião.

Emily apareceu atrás de mim ouvindo meus gritos.

– Mulher não disse pra você ficar deitada?

– Preciso saber onde está meu namorado! - Disse nervosa, com a garganta arranhando de tanta sede-

Ela respirou fundo, olhou pra baixo e depois pra mim.

– É o rapaz de olhos azuis?

– Siim Siiim é ele! onde ele está? - Agarrei nos ombros dela de tanta ansiedade.

– Ele foi o primeiro que salvamos, estava inconsciente e com a respiração muito fraca - ela disse com tristeza- Então o trouxemos pra cá e ele ficou falando pra irmos salva-la, que você estava muito machucada. Que não era pra nos preocuparmos com ele.

Parecia que meu coração ia pular fora do peito se ela não dissesse alguma coisa logo, sem toda essa enrolação. Em minha mente eu estava pensando o pior.

– E então?

– E então quando voltamos ele havia sumido. Não consegui ir procura-lo pois estava cuidando de você.

Fechei os olhos lentamente e deixei meu corpo relaxar sentindo um peso ser tirado dos meus ombros. Matt havia sumido, mas estava bem e estava vivo.

– Você precisa descansar. Vem, José e Marcos tiraram uns estofados do avião. Venha se deitar.

Obedeci e fui me deitar embaixo de uma sombra. Avistei minha mala de longe e pedi que José a trouxesse pra mim. Fazia um calor insuportável naquela mata, mas eu estava tremendo de frio. Peguei uma manta da mala e me cobri. Praticamente batendo os dentes. Eu deveria estar com febre. Precisava de um antibiótico. Como íamos fazer pra sair dali? Não devemos estar muito longe de L.A. Eles tinham que vir nos procurar. Matt onde estará você?

Ao meu lado o que eu achava ser o piloto conversava com uns rapazes.

– Acabou o combustível. Eu tenho certeza de ter enchido o tanque minutos antes. Não é possível entende? A nossa sorte foi que eu consegui aterrissar na montanha. Senão ia ser queda livre, não ia sobrar ninguém vivo.

– O Sr. acha que foi sabotagem? Algum terrorista? Bem nos EUA?

– Não digo terrorista, mas alguém queria ver essas pessoas morrerem, por algum motivo.

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