Capítulo 67

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Agora as lágrimas já tomavam conta dos meus olhos e eu não conseguia falar mais nada. Matt me abraçou forte, encostando minha cabeça no seu peito.

– Eu não consegui me soltar do cinto... E ela se foi...

– Nora isso não foi culpa sua – Ele disse baixinho-

– Por favor, nunca se solte do cinto. – Eu disse.

– Eu prometo.

Acho que adormeci em seus braços e acordei com uma turbulência. SÓ PODE SER BRINCADEIRA. Abri os olhos e Matt me olhava assustado.

– O que foi?

– O piloto anunciou um pouso de emergência. Mas nós estamos muito rápido. E sobrevoando por cima de uma mata – Ele mostrava pânico, não de novo não. Porra!! Eu devo ter atirado 1000 pedras na cruz. – Matt segurou firme minha mão. – Nós vamos conseguir Nora.

Então o avião começou a despencar. Máscaras de oxigênios caíram na nossa frente. E Matt ordenou que eu colocasse para respirar. Mas eu já estava perdendo os sentidos. Acho que era morte me avisando, que a driblei uma vez, não iria acontecer de novo. Sem que eu perceber estava chorando.

– Nora... Fica calma. Até agora não perdemos a altitude.

– Eu vou te perder.... – eu dizia em meio aos soluços. Na minha frente as pessoas estavam em pânico também. Casais uns segurando a mão do outro.

– Não você não vai. Olha pra mim, Nora olhe pra mim – Olhei pra ele, deixando a mascara cair e Matt me envolveu num beijo intenso. Como se fosse realmente o último de nossas vidas.

ᆤᆤᆤᆤᆤᆤᆤᆤᆤᆤ"ESTAMOS PERDENDO ALTITUDE."

Foi a única coisa que o Piloto disse antes de cairmos seilá quanto mil metros. Matt não parou de me beijar, enquanto caímos. E também não soltou o cinto. Em minha mente pedi desesperadamente para que sobrevivêssemos a isso.

– Eu te amo Nora, mais do que tudo, mais do que eu imaginei um dia amar alguém.

Foi a última coisa que ouvi antes do avião se chocar contra uma montanha. E eu não apreciei a irônia disso. Tentei me manter de olhos abertos. Mas bati minha cabeça em alguma coisa e apaguei.

Abri os olhos lentamente e enxerguei alguma coisa vermelha. Sangue.! Eu estava sendo arrastada por alguém, minha perna latejava. E a todo momento eu a batia em um galho.

– Por favor pare – E a pessoa não parava. Meu corpo todo irradiava dor, eu estava sangrando por todos os lados. Não ia conseguir mais. E Matt? Cadê Matt?? Mas a dor era muita e eu apaguei novamente.

Quando acordei havia uma mulher debruçada sobre mim, limpando meus ferimentos. Tentei me esquivar dela, mas ela não deixou.

Dance pra mimOnde histórias criam vida. Descubra agora