Capítulo 109

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Ana - Harry? Babe?

Fechou a porta atrás de si levando-a a bater silenciosamente. Eram aproximadamente oito horas da noite e, o sol lá fora, tinha dado o fora dando o lugar á lua que brilhava incandescente. Uma linda noite aparentava ser. 

Mas apenas isso. Nada dava indícios de que alguém, a não ser Ana, estivesse ali naquela casa. Até a própria pensara em última hora de, que se tinha enganado na casa mas um barulho um tanto irrequieto e passivo se situava ao fundo do corredor. Algo indiscreto. Parecia vir do quarto que partilhava com Harry. Decidiu então ir contra as suas forças e medos, apalpando e massajando a sua barriga como se a quisesse proteger do inegável pressentimento do desconhecido. 

Desde Michael que tentara passar o medo para trás das costas. Nenhuma mulher se deve sentir indefesa. Em algum momento.

Caminhou em passos lentos. Vagueando pelo corredor quase como em câmara lenta acabando por chegar á porta do quarto de casal que se encontrava semiaberta, apenas mostrando um pequeno fecho de luz que reluzia a um tom meio dourado e esbranquiçado.

Respirou uma, duas, três vezes antes de finalmente pegar na maçaneta da porta e lentamente empurrá-la mostrando um Harry de cabelos semi lavados e de tronco nú a acender algumas velas que possuíam conter um aroma abaunilhado. O cheiro inundou o olfato de Ana levando-a a fechar os olhos por breves momentos e, pouco depois, a encontrar novamente com o olhar, o ser com cabelos encaracolados que andava de um lado para o outro a enfeitiçar o quarto com pequenos mimos.

Desde as velas, a leds que brilhavam em branco e dourado, aos lençóis brancos e fofos que um dia haviam comprado e á música suave que soava pelo cómodo atraindo a atenção da rapariga que olhava de soslaio ao pequeno paraíso que o seu namorado lhe havia construído.

Era especial. Era tudo e mais alguma coisa que poderia alguma vez imaginar. Harry apenas vestia uma calça de fato de treino que lhe caia desleixadamente pela sua cintura, mostrando o cós dos seus boxérs que se mostravam ser pretos. A linha V caia satisfatoriamente bem naquele pedaço de mau caminho e, ia-se perdendo na mesma direção que o rastro de pelos que apareciam levemente pela sua pele debaixo do seu umbigo, perdendo-se até debaixo da sua calça.

Andava descalço e sentou-se no pequeno banco que permanecia á frente da cama de casal. Foi quando olhou para uma Ana, com um olhar desinibido e sensual a olhar para ele.

Os anos haviam modelado aquele rapaz que outrora havia passado por uma má experiencia, no tempo errado, no sitio errado. E era assim que Ana pensava. Se fosse se apunhalar num manto de problemas e de situações que, em nada a favoreciam, ao menos que se apoderasse nela o sentimento todo. Que a corroe-se. Que a levasse a sentir todo o misto de sensações que o amor leva consigo ao colo. E Harry era tudo isso e mais qualquer coisa.

Era a chama que lhe faltava para acender o tremor no peito. Era a tempestade na sua euforia plena. Era tal e qual como o emaranhado de cabelos selvagens que o deixavam completamente sexy e que a própria adorava puxar nas horas divinas. 

O olhar delicado e ao mesmo tempo fogoso. 

Os lábios ligeiramente entreabertos mas deliciados pela língua que fazia maravilhas.

 As mãos que se derretiam em torno da pele dela e, que sabiam precisamente o que fazer em cada situação.

Os músculos que se contorciam a fazer escândalos contra o corpo ardente dela.

Era a morte dela, pensara. Só Deus sabe o que lhe fazia se não possuísse a exuberância da sua barriga. Agora todos os momentos com ele eram importantes e necessários, mesmo que poucos.

Only Angel |PTOnde histórias criam vida. Descubra agora